MAJU SOUZA
DA REDAÇÃO
Os agentes penitenciários do Grupo de Intervenção Rápida apreenderam dentro da Penitenciária Central do Estado (PCE), antigo Pascoal Ramos, em Cuiabá, na última segunda-feira (26), livros da facção criminosa Comando Vermelho (CV), com informações sobre a contabilidade do grupo e golpes aplicados em várias regiões do Estado. As anotações confirmam que crimes cometidos pela facção partem de dentro das cadeias.
A equipe Intervenção Rápida atua na Operação Elison Douglas, que tem a missão de fazer uma limpa na PCE. O local também passa por reforma para readequação.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
A reportagem do teve acesso exclusivo a alguns registros. São mais de 45 páginas de anotações dos crimes e finanças do CV.
Com a apreensão, os agentes frustraram mais de R$ 1 milhão em golpes. Devido à interceptação, realizada na Elison Douglas, as ordens para esses crimes não irão mais acontecer.
Nas imagens, é possível ver anotações de conteúdos sobre veículos. Um dos segmentos abordados pela facção, era a venda falsa de carros, mediante o pagamento de entrada.
Conforme apurou reportagem, os criminosos divulgavam informações de carros de terceiros, em aplicativos de venda e aplicavam o golpe nas vítimas. As informações completas sobre o funcionamento do esquema criminoso serão detalhadas em nova reportagem.
Veja:
RepórterMT
RepórterMT
Exclusivo
Elison Douglas
A ação ocorre em sigilo, desde o dia 12 de agosto, para fortalecer o enfretamento contra os crimes dentro da unidade prisional. A Sesp ainda não divulgou nenhum relatório oficial com informações da Operação.
Segundo o secretário da Sesp, Alexandre Bustamante, os dados serão repassados, após a conclusão da operação.
De acordo com o Sindspen, a ação é uma resposta ao pedido de socorro da categoria de agentes prisionais após a execução do agente Elison Douglas, em Lucas do Rio Verde (333 km de Cuiabá), em 30 de junho.
A Polícia Judiciária Civil confirmou que o agente prisional foi vítima de uma emboscada. Ele foi morto com pelo menos 20 tiros no momento em que chegava em casa, no bairro Tessele Júnior. Um menor confessou a autoria do crime e disse que tinha uma desavença com o servidor. A polícia, no entanto, também tem como linha de investigação uma suposta ordem para matar Elison, que teria partido de dentro da cadeia.