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Cuiabá, 13 de Maio de 2025
13 de Maio de 2025

13 de Maio de 2025, 13h:05 - A | A

POLÍCIA / ALVO DE OPERAÇÃO

Ex-presidente da OAB sobre ação da PF: “Sempre pautei minha conduta pela legalidade”

Operação apura um suposto esquema de venda de decisões judiciais no âmbito do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

EDUARDA FERNANDES



O ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT), Ussiel Tavares, afirmou nesta terça-feira (13) que está tranquilo e confiante na Justiça após ser alvo da 5ª fase da Operação Sisamnes, deflagrada pela Polícia Federal. Em nota, ele disse não ter conhecimento da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que autorizou os mandados de busca e apreensão.

"Reafirmo meu total compromisso com a verdade e coloco-me inteiramente à disposição das autoridades para prestar todos os esclarecimentos que se fizerem necessários", declarou o advogado. "Como ex-presidente da OAB-MT, sempre pautei minha conduta pela legalidade, ética e transparência", completou.

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A operação foi autorizada pelo STF e apura um suposto esquema de venda de decisões judiciais no âmbito do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Conforme a Polícia Federal, o grupo utilizava uma rede financeira-empresarial para lavar dinheiro e dissimular a origem ilícita de propinas.

Ao todo, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão e determinado o sequestro de cerca de R$ 20 milhões em bens e valores. Os investigados também estão proibidos de deixar o país.

A reportagem apurou que o escritório de advocacia pertencente a Ussiel Tavares foi um dos locais vasculhados pela Polícia Federal. 

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Operação Sisamnes

A investigação teve início após o assassinato do advogado Roberto Zampieri, em dezembro de 2023, em Cuiabá. Informações encontradas no celular da vítima apontaram a existência do esquema.

Nas fases anteriores da operação, dois desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso — João Ferreira Filho e Sebastião de Moraes Filho — foram afastados e monitorados por tornozeleira eletrônica. O lobista Andreson de Oliveira Gonçalves também é investigado por supostamente intermediar as negociações.

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A OAB-MT informou que acompanhou a operação para garantir as prerrogativas profissionais do advogado e que eventuais faltas éticas serão analisadas pelo Tribunal de Ética e Disciplina da entidade.

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