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Cuiabá, 06 de Julho de 2025
06 de Julho de 2025

14 de Setembro de 2019, 07h:52 - A | A

POLÍCIA / MONSTRUOSIDADE

Envenenada pela madrasta, menina de 11 anos foi internada nove vezes

As investigações apontam que a garota não andava, não falava e agonizou durante um período de 2 meses antes de morrer.

RAUL BRADOCK
DA REDAÇÃO



Envenenada pela madrasta por dois meses, até a morte, Mirella Poliane Chue de Oliveira, 11 anos, chegou a ser internada por nove vezes seguidas. A informação consta na investigação da Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica).

A madrasta, identificada como Jaira Gonçalves de Arruda, 42 anos, foi presa pela Polícia Civil na manhã desta segunda-feira (09), após a deflagração da Operação Branca de Neve.

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Em todas as vezes que passou mal, Mirella foi internada em hospitais particulares de Cuiabá. A madrasta usava doses diárias de um pesticida em mínimas quantidades, para que os médicos não desconfiassem do envenenamento.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, a intenção da madrasta era ficar com uma herança de R$ 800 mil da criança. O dinheiro era uma indenização ganha pela família meses antes, decorrente de uma ação judicial contra um hospital, onde a mãe de Mirella morreu após o parto da vítima. 

RepórterMT/Reprodução

delegado francisco kunze

Delegado Francisco Kunze é um dos coordenares da investigação.

Ao , o delgado Francisco Kunze disse que nunca viu nada parecido e que a agressora se manteve fria no propósito de matar a enteada.

““Uma coisa é você matar uma pessoa envenenada, outra é envenenar um pouco a cada dia, convivendo com a pessoa e vendo os sintomas, que eram sérios. A menina vomitava, espumava pela boca, desmaiava, tinha falta de ar, não conseguia falar, não conseguia andar e não controlava as fezes. É uma coisa muito feia de se ver e, ainda assim, ela se manteve firme no propósito e a matou lentamente”, disse o delegado.

O pai da garota, aparentemente, não teve relação com a execução da vítima. Porém, familiares da garota também apontam o envolvimento dele na trama.

RepórterMT/Reprodução

carbofurano.jpg

Madrasta usou o pesticida Carbofurando, de venda proibida no Brasil.

A morte

No dia 14 de junho de 2019, Mirella Poliane Chue de Oliveira morreu de causa até então indeterminada. A vítima deu entrada em um hospital, já em óbito. Inicialmente houve suspeita de meningite, bem como de abuso sexual, pois, havia inchaço na genitália, mas depois foi descartado o abuso durante a necropsia do Instituto de Medicina Legal (IML), da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).

RepórterMT/PJC

madrasta Jaira Gon�alves de Arruda

Investigação aponta que Jaira dosava veneno na alimentação da menina.

A perícia colheu materiais para exames complementares. Nos exames realizados pelo Laboratório Forense, mediante Pesquisa Toxicológica Geral, foram detectados no sangue da vítima duas substâncias, uma delas veneno que provoca intoxicação crônica ou aguda e a morte.

Todas as vezes que a menina passava mal era socorrida e levada ao hospital, lá ficava internada 3 a 7 sete dias e melhorava, em razão de ter cessado a administração do veneno. Mas ao retornar para casa, voltava a adoecer novamente. O sofrimento durou cerca de dois meses, em que a menina ficou internada por nove vezes em hospitais particulares.

 

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