VANESSA MORENO
DO REPÓRTERMT
Nesta sexta-feira, 18 de julho, completa um ano da morte de Raquel Maziero Cattani, filha do deputado estadual Gilberto Cattani (PL), que foi assassinada a facadas a mando do ex-marido e pai dos filhos dela, Romero Xavier, em Nova Mutum.
O assassinato foi cometido pelo irmão do mandante, Rodrigo Xavier, que entrou na casa da vítima, no assentamento Pontal do Marape, a atingiu com 34 golpes de faca e bagunçou a cena do crime para simular um assalto.
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O corpo de Raquel foi encontrado pelo pai dela, no dia seguinte, 19 de julho de 2024.
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A vítima tinha 26 anos, era mãe de dois filhos e atuava como produtora artesanal de queijos. Ela chegou a ser premiada nacionalmente com títulos de melhor queijo.
Um ano após o crime, Romero e Rodrigo permanecem presos, mas ainda não foram julgados. Conforme informado pela assessoria de imprensa de Gilberto Cattani, os criminosos respondem na Justiça por feminicídio e passaram apenas por uma audiência até o momento.
O processo sobre o caso tramita em segredo de Justiça.
Após o assassinato de Raquel Cattani, a Polícia Civil de Mato Grosso iniciou uma força-tarefa para esclarecer o crime. Cerca de 150 pessoas foram ouvidas, entre familiares, vizinhos e trabalhadores da região onde a vítima vivia.
Desde o início, recaía sobre o marido a principal suspeita do crime, pois eles haviam se separado pouco tempo antes do assassinato, mas Romero não aceitava o término do relacionamento e apresentava comportamento possessivo, inclusive, a ameaçava de morte.
O ex-marido chegou a prestar depoimento à polícia no local do crime, mas a participação dele foi, incialmente, descartada, pois Romero apresentou álibis e estava em outra cidade quando a ex foi assassinada.
No dia do velório de Raquel, o ex-marido, em meio a lágrimas, se mostrou comovido.
Durante as primeiras investigações, Gilberto Cattani manteve Romero por perto. Mesmo com “o pé atrás”, como ele mesmo chegou a dizer em entrevista, continuou mantendo contato com o ex-genro para contribuir com a elucidação do caso.
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Durante as diligências, análises foram feitas na cena do crime e foi possível identificar impressões digitais, pegadas e demais evidências de que a casa foi invadida.
Diante da desconfiança contra Romero, a polícia identificou que o irmão dele possuía diversas passagens pela polícia, além de ser usuário de drogas.
Um dos pontos investigados foi que, enquanto ainda estava casado, Romero não tinha contato com o irmão. Após a separação, eles haviam se reaproximado e passaram a se encontrar e trocar mensagens.
Rodrigo foi ouvido pela polícia e apresentou uma versão com inconsistências. Posteriormente, a polícia foi até à casa dele e acabou encontrando pertences de Raquel que ele havia roubado, como um frasco de perfume.
Com isso, ele mostrou nervosismo e acabou confessando que matou a vítima a facadas, a mando de Romero, por R$4 mil.
Após a confissão, ele foi preso. Assim como Romero, que foi detido pelos policiais na casa dos pais de Raquel Cattani, Gilberto e Sandra Cattani.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Edmundo Felix, o mandante demonstrou ter uma personalidade “fria e calculista”, pois em nenhum momento se mostrou arrependido do que fez.
Romero e Rodrigo Xavier foram denunciados pelo Ministério Público por feminicídio, com as qualificadoras de crime cometido mediante pagamento, por meio cruel e com emboscada ou recurso que dificulta a defesa da vítima.
Agora, os dois filhos de Raquel e Romero estão sob a guarda dos avós maternos.
A família aguarda o julgamento e espera que os assassinos sejam condenados com pena máxima.
Homenagens
A sala da Procuradoria da Mulher, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) recebeu o nome de Raquel Cattani.
Como produtora rural, a vítima também teve o nome dado à categoria “Inovação Regional” do 1º Concurso do Queijo e Produtos Lácteos de Mato Grosso.
Foi criado ainda, em homenagem à Raquel, a Ordem do Mérito Legislativo Raquel Cattani, em reconhecimento às pessoas e entidades que atuam na conscientização à violência contra mulheres.
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Mauro 18/07/2025
Só aguardar um juiz da a liberdade para eles provisória pegar e enforcar em praça pública ,esses demônio ,
1 comentários