facebook-icon-color.png instagram-icon-color.png twitter-icon-color.png youtube-icon-color.png tiktok-icon-color.png
Cuiabá, 12 de Setembro de 2025
12 de Setembro de 2025

20 de Março de 2024, 07h:00 - A | A

POLÍCIA / ATIROU NO PEITO

Após conclusão de inquérito, policial que matou idoso deve ser alvo da Corregedoria da PJC

João Pinto, de 87 anos, foi morto no dia 23 de fevereiro deste ano, dentro da sua propriedade, em Cuiabá

EDUARDA FERNANDES
DO REPÓRTERMT



A Corregedoria da Polícia Civil aguarda a conclusão do inquérito instaurado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para que sejam adotadas as providências cabíveis na esfera disciplinar em relação ao policial civil autor do disparo que matou João Pinto, de 87 anos, na região do Contorno Leste, em Cuiabá.

Ele foi morto no dia 23 de fevereiro deste ano, dentro da sua propriedade. Segundo a advogada da família da vítima, Gabriela Zaque, a morte teria sido resultado de uma discussão por conta de uma cerca que separa a residência do idoso e um vizinho, que seria cunhado de um policial civil.

>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão

“Reiteramos ainda que a Corregedoria Geral acompanhou as diligências iniciais desde o registro da ocorrência e destaca que é imprescindível a conclusão da investigação criminal, que possui ampla capacidade de coleta de provas, as quais são necessárias para compor e instruir a fase disciplinar”, diz trecho de nota enviada pela PJC.

Leia mais - Discussão sobre cerca resultou em morte de idoso; família cobra punição de policiais

Relembre o caso

O idoso chegava em casa quando flagrou dois homens instalando uma cerca e teve início uma discussão. A área em questão havia sido invadida em fevereiro do ano passado e a família vinha buscando uma decisão judicial para reintegração de posse.

Um dos homens que estava erguendo a cerca, identificado como Elmar Soares Inácio, telefonou para o cunhado, o policial civil Jeovanio Vidal Griebel, e disse que havia sido ameaçado de morte pelo idoso. “Ele ligou para o cunhado e dentro de meia hora o cunhado reuniu três carros e seis agentes policiais da Delegacia de Estelionato e se dirigiram até a propriedade do senhor João Pinto”, explica a advogada.

Leia mais - Idoso de 87 anos morre em troca de tiros com a polícia

Os seguranças que trabalhavam na propriedade do idoso foram revistados e orientados a não informar da chegada dos veículos descaracterizados. Eles obedeceram, acreditando que se tratava de uma operação policial.

Em seguida, os policiais foram em direção ao galpão onde o idoso estava com o caseiro da propriedade. Os policiais chegaram gritando e já com a arma em punho. O caseiro obedeceu, mas João Pinto não ouviu o que eles tinham dito, pois tinha problema de audição.

A versão dos policiais é que o idoso teria sacado uma arma e os agentes de segurança teriam agido em legítima defesa, o que a advogada da família da vítima nega.

Leia abaixo a nota da PJC na íntegra

"A Polícia Civil informa que o inquérito policial instaurado segue seu curso normal, com todas as diligências de responsabilidade da DHPP realizadas, restando apenas duas oitivas, que foram remarcadas a pedido da defesa da família da vítima.

A DHPP aguarda a conclusão dos laudos periciais requisitados à Politec-MT sobre confronto balístico da arma do policial civil, confronto balístico da arma da vítima, confronto de DNA da vítima na arma e extração de imagens e análise do DVR (câmeras de segurança) da chácara.

Em relação à conduta do policial, a Corregedoria Geral da Polícia Civil aguarda a conclusão do inquérito instaurado pela DHPP para que sejam adotadas as providências cabíveis na esfera disciplinar.

Reiteramos ainda que a Corregedoria Geral acompanhou as diligências iniciais desde o registro da ocorrência e destaca que é imprescindível a conclusão da investigação criminal, que possui ampla capacidade de coleta de provas, as quais são necessárias para compor e instruir a fase disciplinar”.

Comente esta notícia