CELLY SILVA
DA REDAÇÃO
Em audiência de custódia realizada na tarde desta sexta-feira (11), o açougueiro Adelmo Macedo, 35, preso em flagrante na noite desta quinta-feira (10), no bairro Santa Laura, após confessar ter assassinado com golpes de faca, o companheiro Francisco da Silva, 45, revelou ter cometido o crime porque a vítima, com quem mantinha um relacionamento homoafetivo há um ano, teria dito que gostaria de passar a ser a pessoa "ativa" da relação.
A proposta não agradou ao açougueiro, que se considerava "o homem da relação", e diante do estado de embriaguez de ambos, que ingeriram várias cervejas, naquela noite, conforme relatou o próprio assassino, então eles começaram a brigar.
A proposta não agradou ao açougueiro, que se considerava "o homem da relação", e diante do estado de embriaguez de ambos, que ingeriram várias cervejas, naquela noite, conforme relatou o próprio assassino, então eles começaram a brigar.
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Em seu depoimento ao juiz Murilo Moura Mesquita, da 11ª Vara Criminal, Adelmo argumentou que apenas teria se defendido, pois segundo ele, teria sido Francisco que iniciou as agressões, quando tentou atingi-lo com uma faca. Ele disse que teria conseguido tomar a arma da mão de Francisco e com a mesma o golpeou várias vezes para se defender. Esta versão não foi aceita pelo juiz, que determinou a prisão preventiva de Adelmo.
O açougueiro deve ficar preso preventivamente no Centro de Ressocialização de Cuiabá (antigo Presídio Carumbé). O juiz optou pela prisão diante da gravidade do crime e também pela índole do assassino, que já Adelmo tem cinco passagens na Polícia, por prática de furto.
O juiz optou pela prisão diante da gravidade do crime e também pela índole do assassino, que já Adelmo tem cinco passagens na Polícia, por prática de furto.
O juiz baseou sua decisão no depoimento do policial militar que atendeu o caso, após denúncias de vizinhos do casal que ouviram gritos da briga e pedidos de socorro. O militar contou que quando chegou ao local, foi recebido pelo próprio Adelmo, que abriu a porta de “livre e espontânea vontade”. O açougueiro estaria visivelmente alterado por ingerir bebida alcóolica, relatou o PM. Na sala da residência, o cenário encontrado foi de sangue por todos os lados e inclusive en duas facas sujas, uma no chão e outra no balcão.
O policial também contou ter ouvido barulho do chuveiro aberto no banheiro e pediu para que a pessoa, que estivesse lá, abrisse a porta. Só então o policial encontrou Francisco ferido em várias partes do corpo e agonizando de dor, sem conseguir falar. O militar pediu auxílio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Segundo o PM, Francisco ficou andando pela casa e depois se deitou na cama para esperar o atendimento médico, mas acabou morrendo antes que o socorro chegasse. O SAMU chegou cerca de 30 minutos após o chamado.
A vítima Francisco da Silva era professor de Educação Física e diretor de uma escola pública no bairro Osmar Cabral, em Cuiabá.