RAFAEL MACHADO
DA REDAÇÃO
O promotor de Justiça Mauro Zaque, que coordena o Núcleo de Defesa do Patrimônio Público de Cuiabá, ouviu, nesta quarta-feira (5), o depoimento do secretário de Saúde do Estado Luis Soares e afirmou à imprensa que os elementos colhidos até agora reforçam os indícios de fraude em pagamentos feitos pelo Governo do Estado à empresa contratada para prestar serviços oftalmológicos, no programa Caravana da Transformação.
“O que estamos apurando até o momento é que o controle era muito precário”, declarou o promotor informando que parte desse controle era feito pela empresa contratada, 20/20 Serviços Médicos.
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A denúncia do Conselho Estadual de Saúde, de que teriam sido feitos pagamentos por cirurgias de catarata não realizadas e falta de controle sobre serviços efetuados e pagos pelo Governo, resultou na deflagração da Operação Catarata, na última segunda-feira (03), pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco).
“O que estamos apurando até o momento é que o controle era muito precário”, declarou o promotor.
Mauro Zaque declarou que até o momento já ouviu cerca de 10 servidores da Secretaria de Saúde sobre a realização dos serviços e controle de pagamento.
Assim como Luis Soares, gestores de outras pastas do Executivo devem ser convocados para prestar depoimento.
Questionado sobre a possibilidade de outra fase da Operação Catarata,q eu cumpriu mandados de busca e apreensão na Secretaria de Saúde, Zaque disse que não descarta a necessidade.
“Eu tenho que primeiro analisar a documentação que eu tenho em mãos para saber se a partir daí é possível. A princípio tudo é possível desde que haja necessidade”, argumentou.
“Eu tenho que primeiro analisar a documentação que eu tenho em mãos para saber se a partir daí é possível. A princípio tudo é possível".
O dono da empresa contratada também vai depor ao Ministério Público, o que pode ocorrer em Cuiabá ou em São Paulo, onde fica a sede da empresa.
Outro lado
O secretário Luis Soares estava acompanhado da procuradora-geral do Estado, Gabriela Novis Neves e ambos deixaram o Ministério Público sem falar com a imprensa.
RepórterMT

O secretário Luis Soares estava acompanhado da procuradora-geral do Estado, Gabriela Novis Neves e ambos saíram sem falar com a imprensa.
A investigação
No dia da operação, Zaque rebateu a alegação do secretário de Saúde do Estado, Luis Soares, de que a denúncia de irregularidades na contratação dos serviços de oftalmologia tenha cunho eleitoreiro, com o objetivo de prejudicar o governador Pedro Taques (PSDB), candidato à reeleição.
“Não existe esse negócio de cunho eleitoreiro. Nós estamos apurando fraude. Nós estamos apurando evidência expressa de que algo muito errado estava acontecendo nesse contrato”, declarou Zaque.
No relatório do Conselho de Saúde é apontado que os procedimentos não eram contabilizados pelo Sisreg nem pelo DataSus, de responsabilidade do Ministério da Saúde. O relatório é assinado pela coordenadora da Comissão de Análise das Contas da SES, Elda Mariza Valim Fim.
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Ana 06/09/2018
Uma busca e apreensao em periodo eleitoral em uma açao civel que apura precariedade na fiscalizacao de processos de pagamento. Eh isso??
1 comentários