facebook-icon-color.png instagram-icon-color.png twitter-icon-color.png youtube-icon-color.png tiktok-icon-color.png
Cuiabá, 06 de Julho de 2025
06 de Julho de 2025

03 de Setembro de 2018, 19h:18 - A | A

PODERES / OPERAÇÃO CATARATA

Taques: Governo vai provar com documentos a legalidade dos serviços

Governador defendeu que contas de todas as edições do programa foram devidamente auditadas pelo SUS e promete apresentar documentos nesta terça-feira (4).

MIKHAIL FAVALESSA
DA REDAÇÃO



O governador Pedro Taques (PSDB) defendeu, no fim da tarde desta segunda-feira (3), as prestações de contas de todas as edições da Caravana da Transformação e afirmou que vai provar por meio de documentos a legalidade dos serviços de oftalmologia prestados pela empresa 20/20 Serviços Médicos, com sede em São José do Rio Preto – São Paulo. O tucano pediu ainda que a população avalie a operação deflagrada a apenas 30 dias do fim do pleito eleitoral.

O contrato é investigado na Operação Catarata, do Ministério Público Estadual (MPE), nesta segunda-feira, após suspeita de que tenham sido pagas cirurgias não realizadas nos mutirões.

>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão

Agora, a 30 dias das eleições, depois de quase dois anos e meio em que todas as etapas foram concluídas veio esta operação. Vamos prestar todas as contas devidas, amanhã a equipe técnica dará uma entrevista coletiva sobre isso e vai mostrar que fizemos a coisa certa”, afirmou Taques logo após um debate com candidatos ao Governo.

“A Caravana existe desde o ano de 2016 e ao final de cada edição é enviado um documento com todos os gastos para o Ministério Público e para o Tribunal de Contas”, disse o governador.

Taques declarou que, nos quase três anos de caravana, O Estado já realizou 14 edições do projeto em todos os municípios do Estado, o que representa 350 mil pessoas atendidas, 70 mil cirurgias de catarata e 62 mil exames realizados.

“E agora, a 30 dias das eleições, depois de quase dois anos e meio em que todas as etapas foram concluídas veio esta operação. Vamos prestar todas as contas devidas, amanhã (terça-feira)a equipe técnica dará uma entrevista coletiva sobre isso e vai mostrar que fizemos a coisa certa”, afirmou Taques logo após participar de um debate com candidatos ao Governo da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato).

Por causa das denúncias, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) foi alvo de busca e apreensão na operação.

O promotor Mauro Zaque de Jesus recebeu um relatório do Conselho Estadual de Saúde, que aponta que os procedimentos médicos realizados na Caravana não passavam por registros no Sisreg, de responsabilidade da SES, nem do DataSus, de responsabilidade do Ministério da Saúde. Os registros seriam manuais, dificultando a confirmação de que os cerca de R$ 54 milhões pagos à empresa foram por serviços efetivamente prestados.

“Agora, após todas as 14 edições, foram chamados os representantes do Ministério Público e os coordenadores locais da cidade, em uma reunião com todos os promotores e juízes, fizemos relatórios de todos os gastos, tudo auditado pelo SUS, pela vigilância sanitária, aí vem uma operação a 30 dias da eleição. O cidadão vai avaliar isso”, argumentou Taques.

“O cidadão é que vai fazer essa avaliação. Vou mostrar tecnicamente o que efetivamente ocorreu. Aliás, tudo está publicado no site desde junho de 2016”, continuou o governador.

A juíza Célia Regina Vidotti, da Vara de Ação Civil Pública e Ação Popular de Cuiabá, suspendeu o contrato e os pagamentos do Governo à 20/20 Serviços Médicos e bloqueou bens do secretário Luiz Soares e do dono da empresa, Fábio Vieira da Silva.

Comente esta notícia