DO REPÓRTER MT
Produtores de soja e milho de Mato Grosso decidiram, por unanimidade, que os nomes do senador Carlos Fávaro (PSD), do deputado federal cassado, Neri Geller (PP), e do empresário Carlos Augustin, não têm legitimidade para representar o setor como interlocutores em Brasília. A decisão ocorreu no âmbito da Assembleia Geral de associados da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja/MT).
Para os produtores, embora cada um tenha a prerrogativa de tomar suas próprias decisões, isto traz consequências.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
“Ao apoiar as políticas do Partido dos Trabalhadores (PT), que inclusive, apoiam invasões de propriedades privadas, Carlos Fávaro, Neri Geller, e Carlos Augustin entraram diretamente em divergência com os valores conservadores da classe produtora”, diz carta assinada na assembleia geral.
Além de não aceitar os nomes, os produtores decidiram que a Aprosoja/MT deverá se retirar do Instituto Pensar Agro (IPA), entidade que dá suporte à Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), caso Carlos Fávaro, Neri Geller e Carlos Augustin, sejam interlocutores com estas instituições, já que não representam os produtores de soja e milho de Mato Grosso.
Geller e Fávaro foram os coordenadores da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Mato Grosso. Em diversas ocasiões durante a campanha, defendenram, entre outras causas, o Movimento Sem Terra (MST), ideologia totalmente contrária à dos produtores rurais. Dessa foram, o descontentamento se estabeleceu entre a categoria, que agora os descarta como interlocutores.