facebook-icon-color.png instagram-icon-color.png twitter-icon-color.png youtube-icon-color.png tiktok-icon-color.png
Cuiabá, 12 de Fevereiro de 2025
12 de Fevereiro de 2025

30 de Novembro de 2018, 16h:40 - A | A

PODERES / TAXAÇÃO DO AGRONEGÓCIO

Petista debocha do Agro e pede impostos; Quem come soja são porcos da China

O deputado eleito Lúdio Cabral - PT, defendeu mudanças no ICMS para cobrar mais impostos de grandes produtores rurais de MT

MIKHAIL FAVALESSA
DA REDAÇÃO



O deputado estadual eleito Lúdio Cabral (PT) defendeu a realização de uma reforma tributária em Mato Grosso para aumentar a arrecadação e equilibrar a cobrança de impostos entre o agronegócio e outros setores da economia. Lúdio pediu mudanças nas alíquotas de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), por exemplo, cobradas na compra e venda de medicamentos.

“A solução do Estado, na minha opinião, passa pela receita. Todo esforço de redução de despesas é insuficiente porque a gente vai comprometer serviços públicos essenciais. Nós precisamos revogar a PEC do Teto de Gastos e ampliar a receita", disse Lúdio Cabral.

“A população de Mato Grosso não come soja. Quem come soja são os porcos lá da China. A população de Mato Grosso precisa da agricultura familiar fortalecida, precisa de serviços públicos de qualidade, de educação pública de qualidade, saúde pública de qualidade. Não tem sentido o nosso Estado dar renúncia fiscal para agrotóxicos e ter um ICMS alto para remédios. É uma contradição, a gente precisa rever ela”, declarou o futuro parlamentar.

>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão

Lúdio participou de uma audiência pública realizada na Assembleia Legislativa na quinta-feira (30) para debater a taxação do agronegócio. O petista avaliou que os cortes anunciados pelo governador eleito Mauro Mendes (DEM), a quem ele deve fazer oposição a partir do próximo ano, não devem surtir grandes efeitos na crise pela qual o Estado passa atualmente.

“A solução do Estado, na minha opinião, passa pela receita. Todo esforço de redução de despesas é insuficiente porque a gente vai comprometer serviços públicos essenciais. Nós precisamos revogar a PEC do Teto de Gastos e ampliar a receita. Para ampliar a receita, a leitura que eu faço é que é preciso tributar a grande produção agrícola do estado”, afirmou.

A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) aprovada em 2017 pela Assembleia que criou o Regime de Recuperação Fiscal (RRF) limitou o aumento de despesas com os salários dos servidores públicos e com investimentos em áreas como saúde e educação.

“A gente precisa de uma reforma tributária. Para aliviar quem paga muito, o pequeno comércio paga muito hoje no Estado, paga antecipado, paga 17%... Para aliviar a população que paga um ICMS altíssimo na luz, no telefone... E para responsabilizar um setor da economia que precisa contribuir e que hoje contribui muito pouco”, disse.

O deputado eleito citou a renúncia fiscal no Estado, formada em parte por incentivos fiscais concedidos a diversas empresas também do agronégocio. A previsão para 2019 é de cerca de R$ 4 bilhões de renúncia, sendo R$ 1 bilhão de incentivos e mais R$ 3 bilhões de natureza administrativa.

“Todo esse esforço de redução de cargos comissionados e de redução de secretarias que o próximo governador anuncia que irá fazer, que precisa se concretizar, nos números que eles apresentaram fala em R$ 150 milhões por ano. Isso não é nada para os desafios que o Estado tem. É muito pouco, insuficiente. E nós temos uma crise da qualidade dos serviços públicos. A saúde pública precisa de mais recursos para funcionar, a educação pública precisa de mais recursos para dar conta do seu papel”, avaliou o futuro parlamentar.

Leia mais:

Poderes querem mais dinheiro do Governo para o próximo ano; Mauro decide

Jayme defende taxação do Agro: ‘Não quero que MT seja um fazendão’

Janaina Riva: 'Servidores e Assembleia devem dar trégua a Mauro'

Comente esta notícia

Juscineidegomes 01/12/2018

Não gosto e não voto no PT, mas você deputado eleito disse uma grande verdade. Só quem come milho e soja são animais. Temos que investir na agricultura familiar, essa sim nos alimenta.

positivo
0
negativo
0

Bento 01/12/2018

Não discordo da posição do Deputado eleito , agora ..... dizer que quem come soja são os porcos da China , aí passou dos limite né ? Como um futuro parlamentar tem a coragem de fazer tamanha ofensa à população de uma nação ! Se eu fosse ele faria uma retratação sobre o que disse ! Absurdo !

positivo
0
negativo
0

2 comentários