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Cuiabá, 10 de Fevereiro de 2025
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03 de Março de 2018, 07h:50 - A | A

PODERES / OPERAÇÃO BERERÉ

MPE diz que prima de prefeita recebeu R$ 30 mil de investigado

A prima de Luciane Bezerra fez doações para as campanhas dos deputados estaduais Oscar Bezerra (PSB) e Valdir Barranco (PT) logo depois de receber cheques de Claudemir Pereira dos Santos, investigado por lavagem de dinheiro no Detran.

RAFAEL DE SOUSA
DA REDAÇÃO



Um documento da Operação Bereré mostra que o empresário Claudemir Pereira dos Santos repassou R$ 30 mil por meio de dois cheques à empresa Fama S.A, que tem como sócia Maria de Fátima Azóia Pinoti, prima da prefeita afastada de Juara, Luciane Bezerra (PSB).

Relatório produzindo pelo Ministério Público Estadual (MPE) chama atenção pelo fato de Maria de Fátima ter feito duas doações no valor de R$ 13,5 mil e R$ 500 no período em que sua prima disputou uma vaga na Assembleia Legislativa.

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“Maria Fátima Azoia Pinoti é prima de Luciane Azoia Bezerra, ex-deputada estadual no Estado de Mato Grosso, para quem a primeira fez duas doações para campanha eleitoral nos valores de R$ 13,5 e R$ 500 no pleito de 2010”, confirma trecho do documento.

As doações da prima da prefeita continuaram na campanha eleitoral de 2014. De acordo com o MPE, a empresária também contribuiu financeiramente com as campanhas dos deputados estaduais Oscar Bezerra (PSB) e Valdir Barranco (PT) logo depois de receber cheques de Claudemir Pereira dos Santos.

“Consta, outrossim, no relatório que Maria de Fátima Azoia Pinoti também fez duas doações no pleito eleitoral de 2014, sendo um no valor de R$ 23,5 mil para o candidato a deputado estadual Oscar Martins Bezerra, marido de Luciane Bezerra, e outra no valor de R$ 25 mil para o candidato a deputado estadual Valdir Mendes Barranco”.

Para o Ministério Público, essa transação prova que a prima de Luciane Bezerra tentou esconder “a origem ilícita do dinheiro provindo da FDL Serviços de Registros, Informatização e Certificação de Documentos Ltda”, diz trecho.

Maria de Fátima, segundo o Grupo de Atuação Especializado de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), fazia parte do núcleo de subalterno da organização criminosa (veja aqui).

Empresa “fantasma”

De acordo com as investigações, o empresário Claudemir Pereira dos Santos é sócio Santos Treinamento, empresa usada para lavar dinheiro público para repassar a políticos e servidores durante o Governo de Silval Barbosa.

Os investigadores apontam ainda que Claudemir também era o encarregado em repassar dinheiro para o deputado Mauro Savi (PSB).

 

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