FERNANDA ESCOUTO
DO REPÓRTERMT
O governador Mauro Mendes (União) voltou a cobrar mudanças na legislação brasileira quando questionado sobre o aumento dos índices de violência e o avanço das facções no Estado. Para Mauro, “estamos perdendo a guerra para a criminalidade”, por falta de leis mais severas.
Mendes alegou que não se trata de falta de investimento, pois o Brasil é o 5º país do mundo que mais investe em segurança. Segundo o governador, o principal contribuinte para a insegurança dos cidadãos são as leis frouxas.
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"Nós estamos perdendo a guerra para a criminalidade"
“Todo mundo sabe que isso é uma verdade e verdade às vezes dói. Nós estamos perdendo esse jogo, estamos perdendo essa guerra. Tem muita conversa e pouco resultado, o crime está aumentando no Brasil”, disse o governador em entrevista à Revista Exame, na segunda-feira (29).
“Não é falta de investimento, nós estamos perdendo e para mudar esse jogo só existe uma fórmula que é restabelecer algumas verdades. As pessoas precisam ter medo do Estado brasileiro, precisam ter medo da polícia, precisam ter medo de ser preso. Hoje prende um cara e em menos 24 horas ele está solto”, completou Mauro, relembrando o caso da dupla de traficantes que foi presa na região de fronteira do Brasil com a Bolívia, com 420 kg de droga, e em questão de horas foi posta em liberdade por um juiz federal.
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De acordo com Mauro é necessária uma revisão na legislação, antes que seja tarde demais e o País perca a guerra para as facções.
“Precisamos revisar nossas leis, tem que mudar a estratégia, tem algo errado acontecendo e precisamos mudar essa realidade. Chega de discursozinho e bravata”, concluiu.
Mauro é um dos defensores que os Estados possam legislar sobre a segurança pública. Para ele, os instrumentos das leis federais tratam como iguais situações diferentes conforme a realidade de cada unidade da Federação e não têm sido eficazes no combate à criminalidade violenta.
A ideia proposta pelo governador é que os estados possam criar leis complementares que atendam a realidade local, que os congressistas nem sempre conseguem conhecer em profundidade.