CAMILLA ZENI
DA REDAÇÃO
O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, determinou o afastamento de Rosinaldo Nunes de Almeida da Gerência de Protocolo e Postal da Casa Civil e o proibiu de manter contato com outros investigados da operação conhecida nacionalmente como Grampolândia Pantaneira.
A decisão atendeu pedido da delegada Ana Cristina Feldner, que chefia a força-tarefa que apura o esquema de escutas clandestinas descoberto na gestão do ex-governador Pedro Taques.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
Rosinaldo foi alvo de mandados de busca e apreensão na manhã desta quinta-feira (15), quando a medida cautelar de afastamento foi oficializada. Segundo a determinação judicial, ele não poderá trabalhar nem no Protocolo e nem no Arquivo Público até a conclusão das investigações. A decisão pede ainda que ele não seja lotado na Casa Civil.
A restrição de contatos também foi imposta como medida cautelar. Ele não poderá se comunicar com Rosangela da Silva Oliveira, que também foi alvo de busca e apreensão na manhã de hoje, dos ex-secretários José Adolpho de Lima e Paulo Taques, e com o ex-governador Pedro Taques.
Rosinaldo já tinha figurado no âmbito da Grampolândia em 2017, quando o caso das escutas clandestinas foi descoberto.
As investigações apontaram que a senha de Rosinaldo teria sido usada para fraudar o protocolo no qual o então secretário de Segurança Pública, Mauro Zaque, denunciava a suspeita de um escritório de escutas clandestinas que teria sido montado no governo estadual. A denúncia deveria ter sido entregue ao então governador Pedro Taques.
A confusão teria ocorrido porque Rosângela cancelou o protocolo de Mauro Zaque e usou o mesmo número para outra comunicação, direcionada à Sinfra. Atualmente, Rosângela é aposentada. Já Rosinaldo voltou a ser chefe da Gerência de Protocolos em 2019.