FERNANDA ESCOUTO
DAFFINY DELGADO
O juiz Geraldo Fidélis, da 2ª Vara Criminal de Cuiabá, afirmou que o aumento da criminalidade no Estado está ligado à falta de atenção básica aos usuários de drogas, que segundo ele, cometem crimes para alimentar o vício. Segundo o magistrado, “falta banho”, “roupa” e “estudo” para essas pessoas.
“Tem que voltar essas pessoas [usuários de drogas] à área de atenção, tem que dar trabalho, tem que dar banho, tem que dar roupa, dar estudo para essas pessoas [...] Temos que dar atenção especial para evitar o regresso ao crime”, disse o magistrado à imprensa na quarta-feira (21).
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"Tem que dar trabalho, tem que dar banho, tem que dar roupa, dar estudo para essas pessoas"
Diferente do governador Mauro Mendes (União), o magistrado não concorda que as leis do Brasil são frouxas. Em recentes entrevistas, Mauro afirmou que as polícias estão “enxugando gelo”, pois segundo ele, enquanto as Forças de Segurança prendem, o Judiciário solta. Para o chefe do Executivo, os bandidos perderam o respeito, pois as leis não são duras e pouco inteligentes.
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“Eu respeito, mas não concordo. Existe uma sistemática e devemos esclarecer para a sociedade do que era antes da adoção de algumas leis, como da adoção das audiências de custódias, que filtra as pessoas que devem votar à sociedade. Falta Estado, falta Estado social, falta atenção ao drogadito, que comete os crimes, faz os furtos para alimentar o vício”, destacou Fidélis.
“É uma situação delicada. É importante o governo investir no social, para enfrentar esse problema de drogadição que tem no nosso Estado, na Capital principalmente”, completou.
Em janeiro, o governador em entrevista à Jovem Pan chegou a dizer que as prisões brasileiras se tornaram um verdadeiro "centro de requalificação para o crime". Entretanto, conforme Fidélis o número de presos que cumprem regime semi-aberto e recorrem à criminalidade é muito baixo.
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“O número que volta para o crime é pouco, mas dá notícia. Mas nós precisamos usar o outro lado que é muito maior e não tem visibilidade”, finalizou.
A 2ª Vara Criminal da Capital tem a competência da execução de penas privativas de liberdade de regime fechado e a corregedoria dos presídios.
juh 29/04/2024
Eu concordo plenamente com o Geraldo fidelis
Pedro 26/02/2024
Eu acho um absurdo um juiz dizer que temos que dar roupa e banho pra bandido! O viciado não deve ser tratado como doente, pois foi ele quem escolheu ir para as drogas, é o drogado de rouba, mata e tira a paz da sociedade para sustentar seu vício. Drogado tem que ser tratado como bandido, pois ele é o financiador do tráfico. São violentos, covardes e matam um ser humano como a uma barata para poder ter um momento de prazer com a droga. Bandido tem que ter medo da polícia e das leis, mas algumas almas penadas da justiça vêm o drogado como um bebê de uma creche que merece e precisa de proteção. Até quando?
Oswaldo de Arruda Brito 25/02/2024
Em parte eu concordo com magistrado...o estado vem se omitindo no trato com os viciados de todo tipo de droga,mas tem dificuldade em tratar os drogados...quando se trata de ações mais enérgicas para tirá los dos vícios devido a intromissão dos direitos humanos e do próprio judiciário quando se trata principalmente da internação compulsória por exemplo e outros tratamentos contra vontade dos usuário.
3 comentários