MIKHAIL FAVALESSA
DA REDAÇÃO
As três empresas ligadas ao ex-secretário municipal de Saúde Huark Douglas Correia, preso nesta terça-feira (18), receberam R$ 82 milhões em contratos com o Governo do Estado entre os anos de 2011 e 2018. A Controladoria Geral do Estado (CGE) apura possíveis fraudes nos contratos, incluindo superfaturamento. Uma auditoria da CGE foi instaurada em 24 de setembro de 2018 para apurar irregularidades nos contratos das empresas Qualycare Serviços de Saúde e Atendimento Domiciliar Ltda, Sociedade Matogrossense de Assistência em Medicina Interna Ltda – EPP (Proclin) e Prox Participações. Os valores foram obtidos pelos auditores por meio do Sistema Integrado de Planejamento, Contabilidade e Finanças (Fiplan).
As empresas foram contratadas para prestação de serviços médicos hospitalares, principalmente UTI, UTI móvel e Home Care, aos hospitais regionais do Estado e em hospitais conveniados ao MT Saúde (Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores do Estado de Mato Grosso). Os indícios são de vínculo entre as empresas, ausência contrato para a prestação de serviços, fiscalização dos serviços deficiente, ausência de documentação comprobatória das despesas e de sobrepreço nos serviços.
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As compras feitas pelo MT Saúde e pelos hospitais regionais do Estado com as três empresas teriam sido superfaturadas em até 50%.
Operação Sangria 2
A Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz) deflagrou a segunda fase da Operação Sangria. O grupo liderado pelo ex-secretário Huark Douglas estaria obstruindo as investigações da Polícia Civil. De acordo com os investigadores, há indícios de ocultação de documentos e provas, além de coação de testemunhas, por parte do grupo.
Dois auditores da CGE foram cedidos às investigações da Defaz para apurar as possíveis fraudes cometidas pelas mesmas empresas no município de Cuiabá.
Além do ex-secretário, foram presos nesta terça-feira: Fábio Liberali Weissheimer, Adriano Luiz Sousa, Kedna Iracema Fonteneli Servo, Luciano Correa Ribeiro, Flávio Alexandre Taques da Silva, Fábio Alex Taques Figueiredo e Celita Natalina Liberali.
Segundo as investigações da Defaz, a organização mantém influência dentro da administração pública, conseguindo desclassificar concorrentes em licitações, para que ao final apenas empresas pertencente a eles - Proclin e Qualycare - possam atuar livremente no mercado, “fazendo o que bem entender, sem serem incomodados, em total prejuízo a população mais carente que depende da saúde pública para sobreviver”.
Altamir 18/12/2018
Pois é.... o que adiantou supostamente passar MT a limpo?.... Porque então tudo piorou?... até o salário da polícia atrasa.... será que passaram a limpo ou simplesmente cassaram os adversários ?
1 comentários