DO REPÓRTER MT
O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), voltou a falar sobre o aeroporto Bom Futuro, que foi construído em cima de uma via municipal. O gestor revelou que irá cobrar a regularização do empreendimento, que custou cerca de R$ 100 milhões.
“A regularização fundiária vai se aplicar a mesmo peso e mesma medida para todos. Se eu for cobrar o afastamento ou a remoção de pessoas pobres, eu também tenho que cobrar o afastamento e a remoção de pessoas ricas”, disse Abilio durante coletiva à imprensa na sexta-feira (4).
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“Eu não posso prestigiar a pessoa rica, fazendo um programa de regularização para eles lá, permitindo a compra, e ao pobre eu agir com rigor e expulsar a pessoa do lugar que ela está. A única coisa que eu estava mostrando naquele processo é equidade, o desejo do munícipio de atender igualmente”, completou.
O prefeito ressaltou que os recursos captados, após um possível acordo com o Grupo Bom Futuro, serão usados regularização imobiliária de famílias em situação de vulnerabilidade.
“Se for encaminhado para eles [Grupo Bom Futuro] pagarem ao município, cada centavo que eles pagarem a gente vai usar para regularizar as pessoas em vulnerabilidade”, pontuou.
Ainda durante a coletiva, Abilio descartou tomar a área onde está instalado o aeroporto. Segundo ele, o empreendimento traz investimentos para o Estado, consequentemente para Cuiabá.
“Vamos tirar o aeroporto de lá porque ocupou uma área pública? Não, nós vamos regularizar e vamos ver com o Ministério Público quais serão as medidas necessárias para regularizar”, destacou.
“Aquele aeroporto é um aeroporto importante, vai atrair investimentos ao Estado. Porque muitas pessoas que vão vir trazer recursos para o nosso Estado, vão usar aquele aeroporto, provavelmente até os Guns N’Roses é natural que faça um frete privado e provavelmente venha naquele aeroporto”, completou.
Outro lado
Por meio de nota, a Bom Futuro informou que não houve usurpação de bem público e que a atuação da empresa é transparente, legal e responsável, com rigorosa observância da lei e dos princípios de boa-fé.
Acrescentou também que os processos judiciais que envolvem a regularização das áreas seguiram o devido processo legal, com ampla produção de provas e manifestação expressa da Prefeitura de Cuiabá, que afirmou não ter interesse nas áreas, por se tratar de bens particulares.