RAUL BRADOCK
DA REDAÇÃO
Os coronéis Zaqueu Barbosa e Evandro Lesco reafirmaram, durante acareação, os depoimentos anteriores em que apontam envolvimento direto do ex-governador Pedro Taques (PSDB) no esquema de escutas clandestinas que ficou conhecida como Grampolândia Pantaneira.
A acareação foi realizada na segunda-feira (04), pela Polícia Civil. As declarações apontaram que a ordem para destruir provas que confirmavam o funcionamento do escritório clandestino de escutas telefônicas em Cuiabá teria partido do ex-governador. Tal escritório, segundo depoimento, era gerenciado por agentes da Secretaria de Segurança Pública.
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Ao , a delegada Ana Cristina Feldner – responsável pela investigação - afirmou que todas as pessoas envolvidas no inquérito policial serão ouvidas pela força-tarefa montada pela Polícia Civil, porém, Taques deve ser ouvido brevemente após as citações.
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Delegada Feldner comanda as investigações.
“Todas as pessoas serão ouvidas. Mas ele [Taques] será ouvido quanto antes, isso não vai tardar muito”, confirma a delegada.
A defesa de Taques pediu acesso aos depoimentos para que pudesse se manifestar sobre o fato.
Ainda na acareação, o coronel Airton Siqueira ficou em silêncio. Ele era comandante do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), onde a sargento Andrea estaria lotada e deveria prestar serviço, porém, teria atuado no escritório de escutas clandestinas.
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Airton Siqueira, Evandro Lesco e Zaqueu Barbosa passaram por acareação.
Tais informações foram compartilhadas com o Judiciário. O pedido de compartilhamento de provas também foi feito à 11ª Vara de Justiça Militar, que acompanha o caso.
O esquema de escutas clandestinas teria surgido em 2014. Advogados, jornalistas, políticos e outras personalidades foram ‘grampeadas’ ilegalmente. A intenção seria obter vantagem política com acesso a informações privilegiadas.