DA REDAÇÃO
Ao negar a retirada da tornozeleira eletrônica de Frederico Muller Coutinho, rival de João Arcanjo Ribeiro na disputa pelo Jogo do Bicho em Mato Grosso, a juíza Ana Cristina Silva Mendes - da 7ª Vara Criminal de Cuiabá - deu um choque de realidade no acusado ao afirmar que “as medidas cautelares impostas aos réus são muito mais brandas do que o recolhimento em unidade penitenciária”. Ou seja, a magistrada deixa subentendido que cumprir pena na cadeia é muito pior do que ser monitorado 24 horas.
“Importa salientar que as medidas cautelares impostas aos réus são muito mais brandas do que o recolhimento em unidade penitenciária para cumprimento de prisão preventiva, anteriormente decretada, pois permite o requerente repousar em sua residência, bem como, permite o horário comercial para atividades laborais”, disse a magistrada.
Frederico foi preso na Operação Mantus. Ele queria a retirada da tornozeleira com a justificativa de comparecer a cultos religiosos no período noturno.
Nesse sentido, a juíza também explicou que não cabe à Justiça se ajustar aos afazeres pessoais do réu.
“Ademais, tem-se que a Justiça não deve se adequar às condições pessoais dos acusados, mas deve-se dar o contrário, fosse como alegaram as Defesas, as decisões do Poder Judiciário estariam à mercê de compromissos pessoais dos acusados”.