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Cuiabá, 14 de Dezembro de 2024
14 de Dezembro de 2024

26 de Dezembro de 2013, 08h:51 - A | A

OPINIÃO /

Torcidas organizadas

Nada raro que alguns adoeçam após a derrota de seu time preferido.

GABRIEL NOVIS NEVES



Com o recrudescimento da violência em todos os setores, não é de se estranhar que a histeria esportiva aumentasse.

Como bem sabemos, principalmente no tocante ao futebol, nos projetamos nesses jogadores bem sucedidos e admirados pela maioria das pessoas, e o insucesso deles passa a ser o nosso.

Esse fenômeno é muito bem explicado analiticamente. Nada raro que alguns adoeçam após a derrota de seu time preferido.

No momento, o que se vê, são torcidas totalmente desorganizadas, do ponto de vista legal.

Sim, porque existe, e é bem específico, o estatuto do torcedor. Apenas, como tantas coisas em nosso país, não costuma ser cumprido.

Isso por conta da sua grande complexidade. Envolve diversos setores: o estado, o Ministério Público, os clubes, as polícias civil e militar e, principalmente, os serviços de inteligência constantes e permanentes.

E, foi graças ao serviço de inteligência que a Inglaterra, depois de vinte anos conhecida por ter uma das mais violentas torcidas organizadas de todo o mundo, os chamados “hooligans”, conseguiu solucionar, embora que parcialmente, um problema tão grave.

Com isso, aumentou a arrecadação para os eventos futebolísticos, já que toda a sociedade sentiu-se segura dentro dos estádios.

Considerando o futebol um esporte de massa, é imprescindível que os serviços de inteligência constantes e acurados exerçam um controle das torcidas nas entradas dos estádios. Com a atual tecnologia isso parece viável.

O que não é admissível é que continuemos presenciando os tristes espetáculos de vandalismo nas arenas de futebol.

Pais, filhos, crianças e idosos estão abandonando a sua grande paixão por absoluta falta de segurança.

Se já existe a lei do torcedor, por que não cumpri-la?

É a pergunta que todos se fazem.

Afinal, circo é fundamental, ou não é?

Principalmente quando o pão anda escasso.

Gabriel Novis Neves é médico em Cuiabá 

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