O cargo político mais almejado e cobiçado, no contexto estadual, é, sem dúvida alguma, o de governador, que em países com sistema federativo, como no Brasil, tem por função administrar o Estado e representá-lo em ações jurídicas, políticas administrativas.
O governador tem como metas prioritárias: segurança pública - envolvendo o controle das polícias Civil e Militar e a construção e administração de presídios; saúde pública, que está um verdadeiro caos, com superlotação, ausência de médicos e enfermeiros, falta de estrutura física, pacientes dispersos por corredores de hospitais e pronto socorro, demora no atendimento, falta de medicamentos, entre outros problemas; transporte público, sendo que o transporte rodoviário, que é o mais usado, também já entrou em colapso - tanto o transporte coletivo urbano, que opera de forma reduzida, com ônibus velhos sucateados, quanto o transporte intermunicipal de passageiros, que deverá ser concedido à iniciativa privada pelo governo do estado por R$ 11 bilhões, pelo prazo de 20 anos.
Em suma, este tripé, quer queira não, é considerado o maior gargalo das administrações públicas, tendo em vista a necessidade dos mesmos sofrerem verdadeiras transformações através da implementação de políticas públicas, voltadas a atender esses setores, que são primordiais em quaisquer administração pública.
Passada as convenções partidárias - que tinham como prazo limite domingo (5) para que fossem colocados os nomes dos candidatos - e os registros de candidaturas, que devem ser feitos até o próximo dia (15), segundo o calendário eleitoral - são cinco os candidatos ao Governo do Estado.
As mudanças são ínfimas com relação aos nomes apresentados, tendo como componentes deste importantíssimo tabuleiro político nomes conhecidos e figurinhas carimbadas. Apenas dois deles podem ser chamados de novos.
Vamos nominá-los, para que a população possa relembrar cada um deles, e através do voto consciente possam votar no melhor candidato, aquele que realmente nos represente, e venha se tornar um diferencial entre os demais.
O governador Pedro Taques (PSDB) será candidato à reeleição, trazendo consigo, uma legião de correligionários. Sua avaliação, na condição de governo, infelizmente não é das melhores, vem despencando nas tabelas, conforme pesquisa realizada em 25/03/2018. Isto ocorre em função do mandato eletivo, que é um diferencial, que pode ser negativo ou positivo. A coligação tem: o PSDB, PSL, PPS, PRP, Avante, DC, Solidariedade, Patriotas, PRPB e PSB. Tendo como vice, o produtor rural Rui Prado (PSDB).
O ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (DEM), enquanto prefeito de Cuiabá obteve uma avaliação satisfatória; esta será a segunda vez que ele disputará o cargo, tendo como vice o produtor rural Otaviano Pivetta (PDT), ex-prefeito de Lucas do Rio Verde, a 360 km de Cuiabá, e ex-deputado estadual.
Wellington Fagundes (PR) é senador por Mato Grosso. Tendo atuação discreta à frente do Congresso Nacional, apresentou alguns projetos de lei relevantes. Tendo como vice a advogada Sirlei Theis (PV), grata surpresa para muitos, pois o PV mantinha conversas com o Democratas.
Arthur Nogueira (Rede Sustentabilidade), ex-superintendente da Polícia Rodoviária Federal (PRF), foi meu aluno. Na condição de aluno, sempre sobressaiu entre os demais; agora, na condição de gestor público, temos que esperar para ver. Tem como vice Sadi Oliveira (PPL), presidente da ONG Amigos do Bem.
Finalmente, Moisés Franz (PSOL): este também é um nome novo, que será colocado à apreciação da população, tendo como vice o enfermeiro Vanderley da Guia.
Caberá à população mato-grossense analisar com carinho o perfil e aptidão de cada candidato, levando em consideração critérios básicos como honestidade, retidão de caráter, sinceridade e por aí vai.
Segundo pesquisa de um instituto conceituado da capital, realizada de 13 a 18 de junho, foram entrevistados 2048 pessoas em 71 municípios de Mato Grosso. O levantamento está registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o nº MT-07643/2018.
Mauro Mendes (DEM) e Pedro Taques (PSDB) aparecem empatados na disputa ao governo de Mato Grosso. Na pesquisa estimulada, quando a lista de possíveis candidatos é apresentada ao eleitor, Mauro Mendes lidera com 19,39% das intenções de voto e Pedro Taques tem 16,42%.
O levantamento também mostra que 35,22% dos entrevistados não sabem ou não responderam em quem vão votar, estes representam os indecisos, um filão a ser explorado.
Obs: não declinamos nomes de quem eventualmente possa estar sendo citado, em quaisquer umas das operações de combate à corrupção em curso em nosso país.
LÍCIO ANTÔNIO MALHEIROS é geógrafo.