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Cuiabá, 13 de Fevereiro de 2025
13 de Fevereiro de 2025

17 de Março de 2013, 18h:04 - A | A

NACIONAL / BOATE KISS

Perícia comprova que porta dificultou a saída de pessoas

Primeiro resultado do exame técnico entregue à polícia está sendo analisado neste domingo

ZERO HORA



 

O que era de conhecimento geral foi comprovado pela perícia. O fato de a boate Kiss ter a porta de emergência e de saída no mesmo local contribuiu para o incêndio que matou 241 pessoas, a maioria jovens universitários, na madrugada de 27 de janeiro, no centro de Santa Maria.
 
Este é o primeiro resultado do exame da perícia, realizado por delegados e agentes da 1ª Delegacia de Polícia Civil (1ª DP), que examinam o Exame do Local feito pelo Instituto Geral de Perícias (IGP), com base em perícias técnicas dos escombros da boate.
 
— Muito embora exista respaldo na legislação para ter as duas portas funcionando no mesmo local, as análises técnicas do laudo estão mostrando que isso dificultou a saída das pessoas durante o incêndio. Portanto, contribuiu para as mortes que lá aconteceram — relatou Sandro Meinerz, um dos delegados encarregados do caso.
 
Os delegados e agentes seguem analisando os laudos da perícia neste domingo. Estas informações técnicas serão utilizadas para desvendar os responsáveis pela tragédia. O inquérito policial que já conta com mais de 8 mil páginas. Ele será resumindo em um relatório que deverá ser entregue à Justiça durante a semana.
 
O laudos de todas as perícias entregues à polícia pelo IGP na sexta-feira somam mais de mil páginas. Marcelo Arigony, delegado regional, que está trabalhando na análise das perícias, afirmou que "pelo volume de pessoas mortas, pelo volume de fatos que acabaram se somando e causado a tragédia, eu creio que este seja um dos maiores inquéritos da polícia no Brasil".
 
 
Como aconteceu
 
O incêndio na boate Kiss, no centro de Santa Maria, começou entre 2h e 3h da madrugada de domingo, dia 27 de janeiro, quando a banda Gurizada Fandangueira, uma das atrações da noite, teria usado efeitos pirotécnicos durante a apresentação. O fogo teria iniciado na espuma do isolamento acústico, no teto da casa noturna. 
 
Sem conseguir sair do estabelecimento, pelo menos 241 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridos. 
 
A tragédia, que teve repercussão internacional, é considerada a maior da história do Rio Grande do Sul e o maior número de mortos nos últimos 50 anos no Brasil. 

 

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