CELLY SILVA
DA REDAÇÃO
A juíza Selma Rosane Santos Arruda, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, designou para a próxima sexta-feira (16) o início das audiências de instrução e julgamento referentes à Operação Seven, que investiga fraudes na compra de uma área rural na região do Manso, que já seria de propriedade do Estado, mas foi novamente comprada no final da gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), em 2014, desviando cerca de R$ 7 milhões.
Entre as testemunhas se destacam autoridades com prerrogativa de foro privilegiado, como o ministro da Agricultura Blairo Maggi (PP), o senador Wellington Fagundes (PR), o deputado federal Fábio Garcia (PSB) e o deputado estadual Mauro Savi (PSB).
Na sexta-feira, serão interrogadas as testemunhas de acusação arroladas pelo autor da ação penal, o Ministério Público Estadual (MPE). Trata-se de Davi Ferreira Botelho, auditor do Estado; Pierre Monteiro da Silva, servidor da Controladoria Geral do Estado; José Alves Pereira Filho, ex-controlador-geral do Estado; Alexandre Milaré Batistela, coordenador de Unidade de Conservação da Sema; Celso de Arruda Souza, gerente da Unidade de Conservação na gestão passada; Ronaldo Sant’Anna Ferreira Gomes – técnico em agrimensura e dono da empresa R & W Agrimensura; José Esteves Lacerda Filho, ex-secretário da Casa Civil e o servidor público Wagner de Bitencourt Serra.
No dia 28 de setembro, será a vez dos réus começarem a ser ouvidos. Neste dia, estão previstas as oitivas de Silval Barbosa, do ex-secretário de Estado da Casa Civil Pedro Nadaf, o ex-presidente do Intermat Afonso Dalberto
Nos dias 19, 20 e 26 de setembro será a vez das testemunhas de defesa prestar seus depoimentos à magistrada. Dentre eles, se destacam autoridades com prerrogativa de foro privilegiado, o que significa que podem escolher a data em que serão inquiridos, como o ministro da Agricultura Blairo Maggi (PP), o senador Wellington Fagundes (PR), o deputado federal Fábio Garcia (PSB) e o deputado estadual Mauro Savi (PSB).
No dia 28 de setembro, será a vez dos réus começarem a ser ouvidos. Neste dia, estão previstas as oitivas de Silval Barbosa, do ex-secretário de Estado da Casa Civil Pedro Nadaf, o ex-presidente do Intermat Afonso Dalberto, o ex-secretário-adjunto de Administração José Cordeiro e o médico Filinto Correa da Costa. Já no dia 29 de setembro, serão ouvidos os demais réus, os servidores da Sema Francisval da Costa, Cláudio Shida, Wilson Taques, o ex-procurador-geral do Estado Francisco Lima e o ex-secretário de Estado de Planejamento Arnaldo de Souza Neto.
Operação Seven
Deflagrada no dia 1º de fevereiro pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), a Operação Seven teve por objetivo desmantelar uma organização criminosa composta por particulares e servidores públicos, acusados de desviar R$ 7 milhões dos cofres do Estado, no final do ano de 2014.
De acordo com a denúncia do MPE, o esquema teve início com o simples pedido de uma lauda, solicitando que o Estado de Mato Grosso realizasse a aquisição de uma área de terra rural, para ser acrescida ao Parque Estadual Águas do Cuiabá.
O processo tramitou por vários órgãos públicos estaduais, como a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), a antiga Secretaria de Estado de Administração (SAD), a Casa Civil e o Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat), onde passou pela análise técnica de vários agentes públicos, para que, ao final, fosse realizado o pagamento indevido da área, que já pertencia ao Estado de Mato Grosso, ou seja, a mesma área foi paga duas vezes.