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Cuiabá, 13 de Setembro de 2025
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20 de Fevereiro de 2014, 17h:49 - A | A

JUDICIÁRIO / ELEIÇÕES DIRETAS

Por maioria, Pleno do TJ rejeita PEC de Emanuel Pinheiro

A maioria dos magistrados foram contrários à PEC por ela ter sido proposta por um deputado estadual. A medida denominada por eles como “vício de iniciativa” seria inconstitucional.

MARCIA MATOS
DA REDAÇÃO



Por 19 votos a três, os desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso rejeitaram a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) aprovada pela Assembleia Legislativa, que estabelecia que as eleições para presidente e vice-presidente do Poder Judiciário fossem realizadas de forma direta.

O Pleno rejeitou a proposta durante a sessão realizada na tarde desta quinta-feira (19). A maioria dos magistrados foi contrário à PEC por ela ter sido proposta por um Poder Estadual, no caso a Assembleia Legislativa. A medida denominada por eles como “vício de iniciativa” seria inconstitucional.

O próprio presidente do TJ, desembargador Orlando Perri, foi um dos principais defensores de que a PEC não fosse acolhida. De acordo com o presidente, a proposta vai contra o que é estabelecido pela Constituição e contra o Supremo Tribunal Federal (STF).

Mesmo tendo rejeitado a proposta parlamentar, o presidente não descarta que o Judiciário possa implantar a eleição direta. Mas para ele, essa é uma mudança que deve ser definida pelos magistrados e inserida no Regimento Interno do Tribunal.

Ao fim da votação, Perri informou que irá propor à Procuradoria do Estado para que defenda perante o Supremo a inconstitucionalidade da PEC.

Presente na sessão, o presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros, João Ricardo, se pronunciou a favor da PEC antes da votação. Em sua defesa à proposta, ele definiu que a PEC seria um exemplo para os demais estados brasileiros, democratizando os tribunais.

PEC APROVADA NA ALMT

A aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC), de autoria do deputado Emanuel Pinheiro (PR), foi aprovada na tarde do dia 26 de dezembro de 2013 por 19 votos favoráveis e cinco ausências.

A PEC passou por duas votações. No dia 10 de dezembro, em primeira votação, a PEC foi aprovada com 20 votos a zero.

A PEC trata a eleição no TJMT de forma convencional, ou seja, os pretensos candidatos deveriam fazer campanha pelo Estado para conseguir vencer o pleito. Mas alguns pontos precisam ficar claros, o principal deles é saber de onde virá o recurso para que os futuros candidatos possam fazer a sua campanha.

Segundo consta na PEC, a eleição seria realizada na última sessão do mês de outubro de 2014 Com isso o atual presidente do Tribunal, desembargador Orlando Perri, seria o último a comandar o Poder Judiciário de Mato Grosso da forma atual, ou seja, por antiguidade.

Hoje a escolha dos membros do Tribunal de Justiça é disciplinada tanto pela Constituição Federal quanto pela Lei Orgânica da Legislatura Nacional (Loman), que prevê voto apenas dos membros efetivos dos tribunais – os desembargadores.

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