LAICE SOUZA
DA REDAÇÃO
O juiz do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), Samuel Franco Dália Júnior, não apresentou na manhã desta quinta-feira (3) o voto vista no processo em que o deputado federal Júlio Campos (DEM) é acusado de compra de voto.
Esta é a terceira vez que a sessão é adiada, por ausência do voto vista.
Júlio Campos já tem um voto pela sua cassação, do então relator do processo, o jurista José Luiz Blaszak. A expectativa quanto ao voto de Samuel Dália é se ele irá ou não acompanhar o entendimento de Blaszak.
O deputado é acusado pelo Ministério Público Eleitoral de compra de voto e arrecadação e gastos ilícitos de recursos na campanha eleitoral de 2010. Ele teria distribuído vale-compra e vale-combustível aos eleitores, obtendo em troca votos.
Todo o suposto esquema foi descoberto pela Polícia Federal, por meio de uma denúncia anônima. No dia 23 de setembro de 2010, policiais se passaram por eleitores interessados no benefício e teriam flagrado a ilegalidade.
Além das provas conseguidas pelos policiais, documentos apreendidos na sede da empresa de Júlio Campos teriam comprovado a existência do crime eleitoral.
Segundo o Ministério Público Eleitoral, as empresas J.D. de Campos Neto Treinamento Empresarial, Empreendimentos Santa Laura e Agropastoril CedroBom teriam participação no esquema. Os vales seriam trocados no supermercado Bom Gosto, em Várzea Grande, e no posto de combustível América em Cuiabá, conforme apontou as investigações.
A próxima sessão do TRE acontecerá na próxima semana, no dia oito de julho.