ABDALLA ZAROUR
DA REDAÇÃO
A advogada Angélica Maciel tem até a próxima terça-feira (22) para dar explicações à juíza Selma Rosane Santos Arruda sobre o termo ‘castigo’ usado em seu pedido de suspeição contra a magistrada.
Angélica, que faz a defesa de Marcelo de Almeida Ribeiro, entrou com o pedido de Exceção de Suspeição para pedir o afastamento de Selma Arruda do caso.
O empresário é investigado pelo Gaeco na operação Aprendiz, onde o principal alvo dos promotores é o vereador e ex-presidente da Câmara de Cuiabá, João Emanuel (PSD).
Em seu pedido, Angélica alega que teve a defesa do seu cliente prejudicada durante o processo. E relata ainda que a decretação da prisão contra Marcelo já teria sido uma condenação. Estes foram os principais pontos elencados pela defensora para tentar tirar a magistrada do caso.
De acordo com Angélica Maciel, o seu cliente é acusado pelo Gaeco de organização criminosa, falsificação e estelionato por ter ajudado a manipular um documento da venda de um terreno.
Marcelo, segundo a defensora, não estava na Capital quando a juíza Selma Arruda decretou a prisão dele. “Ele estava fora de Cuiabá quando houve a decretação da prisão”, disse.
A defensora também comentou que não teve acesso ainda ao conteúdo das interceptações telefônicas, feitas com autorização da justiça e divulgada pelos veículos de comunicação.
Em entrevista ao RepórterMT, Angélica explicou que a juíza Selma Rosane Santos Arruda analisou o pedido, mas como no teor do documento a advogada cita a palavra ‘castigo’, a magistrada, então, pediu que Angélica explicasse qual o sentido do termo no seu pedido de Suspeição, e após isso, a juíza deve decidir sobre a suspeição.
Caso a Selma Arruda negue que haja suspeição, os desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso que devem decidem. Se for constatada a suspeição, ela será substituída por outro magistrado.