RAFAEL DE SOUSA
REDAÇÃO
Os desembargadores do Tribunal Regional Federal da 1° Região, em Brasília, analisam na tarde desta terça-feira (18) o pedido de habeas corpus do ex-secretário Éder Moraes, ingressado poucos dias após sua prisão. Caso seja negado, o ‘ex-homem forte’ dos governos Blairo Maggi (PR) e Silval Barbosa (PMDB) pode retornar ao Centro de Custódia de Cuiabá, onde ficou preso por 136 dias e só foi liberado após habeas corpus do Supremo Tribunal Federal (STF).
A informação foi confirmada pelo advogado de defesa, Ronan de Oliveira. “Isso realmente é verdade. Caso o TRF negue o HC, o Eder pode ser preso novamente”, revelou.
A informação foi confirmada pelo advogado de defesa, Ronan de Oliveira. “Isso realmente é verdade. Caso o TRF negue o HC, o Eder pode ser preso novamente”, revelou.
Isso pode acontecer porque o ministro Dias Toffoli, do STF, só deferiu habeas corpus favorável a Éder, com base na alegação da defesa de que houve perda do objeto devido à demora do TRF em analisar o processo.
O advogado de defesa acredita que os desembargadores vão manter a decisão do Supremo. “Eu acredito que será favorável até pela demora em que houve para julgar o pedido. A expectativa é positiva”, concluiu Ronan
A decisão do Tribunal foi adiada por duas vezes devido ao pedido de vista do desembargador Ney Belo para uma análise mais profunda sobre o caso. Já o relator do processo votou pela manutenção de Eder na prisão. O juiz Renato Martins também deverá emitir voto nesta terça, ele substitui a desembargadora Mônica Sifuentes.
Mesmo assim o advogado de defesa acredita que os desembargadores vão manter a decisão do Supremo. “Eu acredito que será favorável até pela demora em que houve para julgar o pedido. A expectativa é positiva”, concluiu Ronan de Oliveira.
ARARATH
Eder Moraes era o último investigado da Operação Ararath, deflagrada pela Polícia Federal, que ainda estava preso. Ele é apontado como operador de um esquema de desviou R$ 500 milhões dos cofres públicos e que foi delatado pelo empresário Junior Mendonça, dono de uma factoring que fazia empréstimos que de forma ilícita seria transferida para políticos a fim de financiar campanhas, entre outros.
O ex-secretário foi detido por duas vezes, a primeira foi em 20 de maio do ano passado, na quinta fase da operação, quando permaneceu por 80 dias preso no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. Em 1° de abril foi novamente preso, desta vez, acusado de estar transferindo bens para nomes de terceiros e assim, evitar bloqueio de bens para futuro ressarcimento dos valores aos cofres do Estado.