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Cuiabá, 21 de Junho de 2025
21 de Junho de 2025

22 de Agosto de 2016, 22h:51 - A | A

JUDICIÁRIO / OPERAÇÃO SODOMA

Delegada diz que filho de Silval lavava dinheiro em factoring de dono da Solução Cosméticos

Alexandra Fachone explicou que pediu a prisão preventiva de Rodrigo Barbosa, filho do ex-governador porque a esposa dele estava procurando a esposa do ex-secretário e delator Pedro Elias Domingos pelo WhatsApp.

CELLY SILVA
DA REDAÇÂO



Alexandra Fachone, delegada que compõe o grupo de delegados de Polícia Civil que conduzem as investigações relativas à organização criminosa acusada pelo Ministério Público Estadual (MPE) de extorsão de empresários com contratos com o Estado, lavagem de dinheiro, entre outros delitos, durante a gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), entre os anos de 2011 e 2014, prestou esclarecimentos em audiência de instrução da operação Sodoma 2, na tarde desta segunda-feira.

À juíza Selma Rosane Santos Arruda, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, a delegada da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), contou como foram conduzidos os trabalhos de deflagração da Sodoma 2, oitivas de réus, além de explicar a participação de cada membro da suposta organização criminosa.

A maior surpresa da audiência ocorreu quando, questionada pelo advogado Bruno Alegria sobre a participação do médico Rodrigo Barbosa, filho mais velho de Silval Barbosa, no esquema, a delegada afirmou que o ex-secretário de Administração, Pedro Elias Domingos, depôs que ficava com 15% da propina recebida de empresários e repassava a outra parte para Rodrigo, que, por sua vez, “lavava” o dinheiro em uma factoring de alguém da família dele, identificado como Jurandir, dono da “Solução Cosméticos”.

"Segundo o Pedro Elias, ele [Rodrigo] trocava esse dinheiro numa factoring do Jurandir [da Silva Vieira], dono da Solução Cosméticos", disse Fachone, que ainda asseverou que “com certeza” Rodrigo lavou dinheiro pois esse é o “modus operandi” dos crimes de corrupção.

Bruno Alegria, que faz a defesa de Rodrigo questionou a delegada sobre o motivo dessa informação não constar nos autos e ela disse que poderia fazer parte de outra investigação ainda em curso e que poderia ter se confundido. 

A delegada ainda confirmou uma das acusações feitas pelo advogado de defesa do ex-chefe de gabinete Sílvio César Corrêa Araújo de que o arquiteto e delator José da Costa Marques recebeu cheques da empresa Consignum, de propriedade de Willians Paulo Mishcur, que era extorquido pelo ex-secretário de Administração César Zílio. Os cheques recebidos por Marques foram referentes a pagamentos de honorários do projeto que ele executou para a mansão de Zílio em um luxuoso condomínio fechado de Cuiabá. 

A delegada ainda afirmou que conduziu algumas das oitivas feitas com o empresário Júlio Minoru Tsujii, dono da Web Tech Software, que também pagava propina na Secretaria de Estado de Administração (SAD) e adiantou que outras investigações ainda estão sendo feitas na Defaz porque, segundo ela "outros empresários certamente ainda vão aparecer". 

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Intrigado 23/08/2016

Testemunha da defesa!!!!!!!!!! kkkkkk Parabéns p defesa, acabou de afundar o "defendido".

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1 comentários