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Cuiabá, 26 de Janeiro de 2025
26 de Janeiro de 2025

11 de Setembro de 2015, 16h:00 - A | A

JUDICIÁRIO / PENA MÁXIMA

Arcanjo é condenado a 44 anos de prisão, mas pode recorrer

João Arcanjo ainda teve pena menor do que as dos pistoleiros, o ex-policial, que executou os assassinatos, Célio Alves, que foi condenado a 49 anos de prisão, assim como seu 'ex-braço direito' , o uruguaio Júlio Bachs Mayadao, que foi condenado a 65 anos

RAFAEL DE SOUSA
DA REPORTAGEM



O ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro acaba de ser condenado a 44 anos e dois meses em regime fechado pelo Tribunal do Júri, da 1° Vara Criminal do Fórum de Cuiabá, da acusação de ser o mandante do assassinato dos empresários Fauze Rachid Jaudy Filho e Rivelino Jacques Brunini, além de uma tentativa de homicídio contra o pintor Gisleno Fernandes. As provas apresentadas pelo Ministério Público do Estado (MPE) foram suficientes para a condeção.

João Arcanjo ainda teve pena menor do que as aplicadas aos pistoleiros, o ex-policial, que executou os assassinatos, Célio Alves, que foi condenado a 49 anos de prisão, assim como seu 'ex-braço direito' , o uruguaio Júlio Bachs Mayadao, que foi condenado a 65 anos, pelo mesmo crime.

À sentença ainda cabe o direito do réu recorrer na instância superior.

O julgamento que ocorre desde quinta-feira (11) foi comandado pela juíza Mônica Catarina Perry Siqueira.

Considerado o mandante, João Arcanjo ainda teve pena menor do que as aplicadas aos pistoleiros, o ex-policial, que executou os assassinatos, Célio Alves, que foi condenado a 49 anos de prisão, assim como seu 'ex-braço direito' , o uruguaio Júlio Bachs Mayadao, que foi condenado a 65 anos, pelo mesmo crime.

ACUSAÇÃO QUERIA MAIS

A pena aplicada a arcanjo chegou perto dos 46 anos esperados pelo O promotor Vinicius Gahyva, que apontava provas suficientes para tal. Aos jornalistas, Gahyva chegou a dizer que esperava que a pena de Arcanjo fosse superior às que foram aplicadas aos executores dos assassinatos.

“Há vários elementos de convicção nos autos que indicam a estrutura de uma organização criminosa com modelo de gerenciamento importado de bicheiros do estado do Paraná, gerenciada por Julio Bach Mayuada, que foi condenado no último julgamento, por envolvimento nesses crimes, de forma que quem decidirá essa causa é a sociedade, representada pelo júri popular”, comentou o promotor Gahyva.

CONFIDÊNCIAS DO CÁRCERE

 

“O ‘papai do céu’ mandou matar. Eu vou lhe trazer um jornal para lhe dar a notícia do homicídio. E, realmente, ele me levou o jornal lá na prisão logo após o assassinato”, contou a testemunha.

 

Segundo declarou a testemunha Ronaldo Sérgio Loureiro – que esteve preso até 2006 pelo crime de latrocínio (roubo seguido de morte) - foi enfático em dizer que à época em que Júlio Bachs estava preso na mesma cela em que ele, o então capanga de Arcanjo, o confidenciou que mataria o empresário Rivelino Jacques Brunini e o Sargento Jesus assim que deixasse a prisão. A morte teria sido encomendada pelo o ex-comendador, quem ele chamava de “papai do céu”. Brunini, Jesus e Jaudy estariam 'atravessando' os negócios do bricheiro, na época.

Segundo o depoente, o motivo da morte seria uma gravação, em fita, que revelava uma trama do capanga de Arcanjo para matar Rivelino e que estava em posse do sargento Jesus. “O ‘papai do céu’ mandou matar. Eu vou lhe trazer um jornal para lhe dar a notícia do homicídio. E, realmente, ele me levou o jornal lá na prisão logo após o assassinato”, contou a testemunha.

 

Segundo Roberto, eles permaneceram 20 dias presos em uma cela na Polinter, período em que Júlio revelou alguns crimes cometidos a mando do ex-bicheiro.

 

 SÁVIO BRANDÃO

Arcanjo já cumpre pena em presídio de segurança máxima, em Porto Velho, por ser mandante do assassinato do empresário Sávio Brandão. Neste caso ele pegou 19 anos de prisão. Já os 'pistoleiros' Hércules de Araújo Agostinho, Fernando Barbosa Belo, Célio Alves e João Leite, que executaram o assassinato,  foram condenados pela Justiça a mais 40 anos de detenção, cada.

 

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