DO REPÓRTERMT
Com o objetivo de atualizar os profissionais da saúde sobre os impactos e o manejo da dor crônica causada pela Chikungunya, a Unimed Cuiabá realizou mais uma edição da Jornada da Educação. A palestra “Manejo da dor crônica por Chikungunya” ocorreu no dia 05 de junho, no auditório da cooperativa, e foi ministrada pela reumatologista Maíra Sant’anna Genaro de Brito.
A iniciativa é do Comitê Educativo da Unimed Cuiabá e ganha relevância diante dos alarmantes dados epidemiológicos da região. Segundo o comitê, Mato Grosso concentrou 70% dos óbitos por Chikungunya registrados no Brasil, um cenário que acende o alerta para a capacitação contínua dos profissionais da área.
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“Escolhemos o tema justamente pela gravidade da situação. Tivemos um surto significativo durante o verão e Mato Grosso foi o estado com o maior número de casos e óbitos. É uma realidade nova para nós, médicos, e precisamos entender melhor essa doença para oferecer um tratamento mais eficaz aos nossos pacientes”, destacou o pediatra e infectologista Sandoval Carneiro, membro do Comitê Educativo.
Durante a palestra, Maíra reforçou que o número crescente de pacientes com sintomas persistentes exige preparo técnico por parte de diferentes especialidades médicas. “Muitos colegas atendem esses pacientes em fases distintas da doença e, por vezes, têm dúvidas sobre o encaminhamento adequado ou a conduta terapêutica. A Chikungunya não se limita às articulações; ela pode afetar outros órgãos e sistemas, por isso é fundamental que diversas especialidades estejam familiarizadas com as manifestações do vírus”, explicou a reumatologista.
Ela também chamou atenção para o papel que Mato Grosso pode exercer nacionalmente no enfrentamento da doença. “Nosso estado pode se tornar referência no suporte a outras regiões que venham a enfrentar surtos semelhantes. Precisamos transformar esse dado negativo em conhecimento científico. A educação continuada é a base para capacitarmos nossos profissionais, interrompermos a progressão da doença e melhorarmos a qualidade de vida dos pacientes”, concluiu.