RAUL BRADOCK
DA REDAÇÃO
Vanderson Daniel Martins dos Santos, 22 anos, almoçou duas vezes com o estudante de Direito, que trabalhava como Uber, Pedro Victor de Almeida Peroso, 18 anos, antes de assassinar ele, com facadas na barriga, em outubro de 2018.
Ao , a advogada Beatriz Perozo, que também é prima da vítima, afirma que que Pedro e Vanserson frequentavam a casa um do outro e se consideravam irmãos.
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“Nos dois últimos dias antes do assassinato eles almoçaram um na casa do outro. A mãe do Pedro fez comida para eles e, no dia do assassinato, o Pedro almoçou no lava jato do Vanderson. Eles se chamavam de irmão”, conta.
Vanderson foi preso cerca de 11 dias após matar o ‘amigo’ e será julgado em pelo Tribunal do Júri nesta sexta-feira (29).
A advogada está arrolada como assistente de acusação. Ao , ela adiantou que sua fala vai se basear em contar como Pedro era um menino bom, sem maldades no coração.
Isso porque um dos argumentos de Vanderson é o de ter agido em legítima defesa. Porém, conforme a advogada, Pedro nunca foi agressivo com amigos que o devia e jamais seria com uma pessoa tão próxima como Vanderson. O estudante havia vendido um som automotivo ao assassino pelo valor de R$ 1.500,00 e esse seria o gatilho de uma discussão que culminou no assassinato.
“Amigos próximos, que deviam cerca de R$ 1 mil, o Pedro tratava bem. Inclusive convidava para churrasco e o amigo ficava receoso em ir por estar devendo o Pedro e assim mesmo ele chamava e dizia que estava tudo bem”, conta a advogada.
A denúncia do Ministério Público enquadrou Vanderson do crime do artigo 121 (homicídio), § 2º I (mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe) e IV (à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido”. Conforme a legislação, o enquadramento pode dar de 12 a 30 anos de prisão ao acusado.
O crime
Pedro foi morto na madrugada de 19 de outubro de 2018. O depoimento da namorada de Vanderson, Nathaly Alanes, foi crucial para que o crime fosse desvendado.
Ela revelou que na noite do dia 18 de outubro foi para casa do namorado, com o filho de 11 meses, local onde também funciona um lava jato de Vanderson. Por volta da meia noite, segundo a jovem, o telefone do namorado começou a tocar, mas ele não atendeu. No entanto, em seguida, Vanderson saiu de casa por volta da 1h30, em uma moto, mas não falou aonde iria.
As investigações apontaram que a Pedro utilizou seu cartão bancário em dois estabelecimentos comerciais, em Várzea Grande, respectivamente, por voltas das 3h03 e 3h34. Imagens de um dos estabelecimentos mostram que Pedro estava acompanhado de Vanderson.
O autor do crime, conforme o depoimento voltou para casa antes das 4h da madrugada, com as roupas ensanguentadas e com uma faca suja de sangue. Ele admitiu para a namorada que tinha matado Pedro Victor, no bairro Princesa do Sol, em Várzea Grande.