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Cuiabá, 15 de Junho de 2025
15 de Junho de 2025

15 de Junho de 2025, 09h:00 - A | A

GERAL / ESCALADA DA TENSÃO

Trump ameaça Irã e promete ação "nunca antes vista'' se os Estados Unidos forem atacados

A declaração do americano, na madrugada do domingo, representa mais uma escalada no confronto que eclodiu na última sexta-feira entre Israel e Irã

JAMIL CHADE
DO UOL



O presidente Donald Trump lança uma ameaça contra o Irã e alerta que se o regime de Teerã atacar os EUA sua resposta será em uma escala "jamais vista".

A declaração do americano, na madrugada deste domingo (15), representa mais uma escalada no confronto que eclodiu na última sexta-feira (13) entre Israel e Irã. Pelo segundo dia consecutivo, o governo de Benjamin Netanyahu atacou postos iranianos, desta vez focando nas instalações de energia do Irã, uma fonte crucial de recursos para exportação do país.

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A decisão de Israel de atacar esses locais foi considerada por diplomatas de diversos países como um sinal evidente de uma escalada sem precedentes.

"Os EUA não tiveram nada a ver com o ataque ao Irã, esta noite", disse Trump em suas redes sociais. "Se formos atacados de alguma forma pelo Irã, toda a força e o poder das Forças Armadas dos EUA cairão sobre vocês em níveis nunca vistos antes", alertou.

O presidente americano, ainda assim, sugeriu o caminho da negociação. "No entanto, podemos facilmente chegar a um acordo entre o Irã e Israel e acabar com esse conflito sangrento!!!", disse. Segundo os iranianos, a proposta de negociação que a Casa Branca quer é uma "capitulação".

Os dois países negociavam um acordo nuclear e uma reunião havia sido marcada para ocorrer neste domingo. Mas a ofensiva militar de Israel na sexta-feira suspendeu todo o diálogo. De acordo com negociadores, os iranianos sentem que foram alvos de uma emboscada e que foram convencidos a negociar, supondo que isso significaria que não seriam atacados.

Mas tanto Israel como os EUA alegaram que os iranianos tinham violado seus compromissos na área nuclear.

O temor dos americanos, porém, é que os iranianos agora optem por retaliar não apenas as cidades israelenses, mas bases e instalações dos EUA na região. Várias embaixadas americanas no Oriente Médio foram esvaziadas.

O governo americano, apesar de negar um envolvimento com os ataques de Israel, admitiu que está ajudando Tel Aviv a se defender. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu ainda indicou que os ataques contra os iranianos levarão "semanas" e com o acordo já obtido por parte de seu principal aliado, os EUA. 

Nos últimos ataques, o foco de Israel foi o principal depósito de gás de Teerã e sua refinaria central de petróleo. Além disso, no sul da capital, Shahr Rey, uma das maiores refinarias de petróleo do país, também foi atingida.

A resposta do Irã também foi contundente. Pelo menos quatro pessoas, incluindo um menino de 10 anos, foram mortas e cerca de 100 ficaram feridas na segunda onda de ataques. Desde o início do confronto, oito israelenses foram mortos. O Irã, na ONU, afirmou que suas vítimas somavam 78 pessoas apenas no primeiro dia de ataques.

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