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Cuiabá, 07 de Agosto de 2025
07 de Agosto de 2025

06 de Agosto de 2025, 11h:27 - A | A

GERAL / ESPANCAMENTO GRAVADO

Seduc vai militarizar sistema de escola onde aluna foi torturada por colegas

Conforme secretário, medida tem apoio da direção da unidade e militares da reserva já estão sendo procurados para atuar no local.

APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT



O secretário de estado de Educação, Alan Porto, anunciou, nesta quarta-feira (06), que a Escola Estadual Carlos Hugueney, na cidade de Alto Araguaia (415 km de Cuiabá), será transformada em uma unidade cívico-militar.

A escola se tornou alvo de polêmica após um vídeo mostrar uma aluna de 12 anos sendo torturada por colegas dentro da unidade de ensino. O vídeo que mostra a sessão de espancamento veio à tona nesta terça-feira (05). Na gravação, a adolescente é agredida com tapas, murros e até com cabo de vassoura. (Veja ao final da matéria).

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“Determinamos que aquela unidade escolar Carlos Hugueney será transformada em uma unidade cívico militar. Estamos fazendo um recrutamento dos policiais da reserva para que a gente possa atuar naquele ambiente”, disse Porto em coletiva de imprensa.

Conforme o secretário, a pasta está em contato direto com a direção da unidade, que sinalizou apoio à medida.

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“A partir do momento que nós recebemos as informações, todas as medidas administrativas da Secretaria de Estado de Educação foram adotadas, liguei imediatamente para o governador Mauro Mendes e ele determinou que as medidas fossem tomadas de forma rápida, eficaz e que sejam medidas exemplares”, destacou.

De acordo com o delegado Marcos Paulo Batista de Oliveira, responsável pelo caso, as menores integram um grupo com mais de 20 participantes que adotava regras semelhantes às de facções criminosas.

Foi apurado ainda, que as menores já agrediram outras quatro estudantes. A informação é que as sessões de espancamento aconteceram após as vítimas supostamente descumprirem as regras do grupo.

Com base nas provas colhidas, a autoridade policial concluiu o procedimento e o encaminhou ao Ministério Público, sugerindo a internação das adolescentes pelos atos infracionais análogos aos crimes de tortura e integração de organização criminosa, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Um juíz da 1ª Vara de Alto Araguaia acatou a manifestação do MP e determinou a internação das menores. Com a decisão, as agressoras devem ser encaminhadas para o Pomeri, em Cuiabá. O caso está sob sigilo.

 

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