CAMILLA ZENI
DA REDAÇÃO
O diretor do Sindicato Rural de Cuiabá, Jorge Pires Miranda, considerou desleal a relação da fila dos ossinhos da Capital com o tamanho da produção pecuária em Mato Grosso. O representante avaliou que o preço dos alimentos poderia ser ainda maior se o Estado não fosse tão produtivo, e pontuou que cabe ao poder público achar uma solução para as famílias carentes que dependem das doações dos açougues.
"Nós, do setor produtivo, da pecuária, também nos sentimos envergonhados com esse pessoal da fila do ossinho, mas se o Brasil não avançasse e não tivesse hoje a produtividade que tem, eu tenho certeza que muito mais cara seria a comida do brasileiro e do mundo inteiro", finalizou.
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Miranda comentou que os pecuaristas são muito cobrados pelo preço da carne, e que a exportação dos produtos é colocada como a maior vilã, e pontuou que, no entanto, 75% da produção brasileira é destinada ao consumo interno.
"Eu tenho escutado muito isso de que Mato Grosso é um estado que é o grande produtor de pecuária e tem esse problema do ossinho. Nós não podemos ser responsabilizados. A pecuária faz um grande trabalho, mas isso é uma questão governamental, inclusive de que se melhore a renda do povo brasileiro. É isso que esperamos", defendeu o produtor, durante manifestação contra o movimento Segunda Sem Carne, em frente à agência do Bradesco, nesta terça-feira (3).
O dirigente destacou que, se há diminuição na produção, o preço da carne fica ainda mais caro para a população. Entretanto, se o índice de exportação fosse maior, isso poderia trazer mais benefícios para o país e provocar a redução de preços para a população.
A fala se deu ao ser questionado sobre o embargo da carne brasileira feita pela China, principal importadora. A medida foi tomada no mês de setembro, quando foram identificados dois casos de vaca louca em frigoríficos de Mato Grosso e Minas Gerais. Contudo, ao invés de provocar a redução do preço da carne, os valores se mantiveram e até aumentaram. O alto custo da carne é também apontado como uma das justificativas para a extensa fila de moradores que buscam doação de ossinhos na Capital.
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Regina 03/01/2022
A classe produtora deve se reunir com os seu coro tecnico e buscar uma solução Independente do Estado A produção e privada. Busquem um minimizar os altos lucros…. Com certeza minimizaria a fome. Dolarizar a carne e um ato insano imoral , para os que labutam neste pais por um salário incompativel com sua sobrevivência .Deixaram o campo para dar espaço aos agro-negócios, responsavel pelas grandes fortunas de poucos, as custas dos que padecem em grande maioria O salário dos justos está atrelado a compaixão e o Amor ao próximo , para sermos fidefignos diante de Deus e meritórios da sua promessa . Contribuamos senhores em levar o paosagrado a mesa dos justos , e nao sabota-los????
1 comentários