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Cuiabá, 13 de Agosto de 2025
13 de Agosto de 2025

13 de Agosto de 2025, 13h:54 - A | A

GERAL / GASOLINA A R$ 6,39

Procon de Cuiabá cobra explicações sobre aumento repentino de combustíveis

Sindipetróleo alegou que preço do petróleo, cotação do dólar e custo do frete influenciaram no preço

DO REPÓRTER MT



O Procon Municipal de Cuiabá notificou o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Mato Grosso (Sindipetróleo) para prestar esclarecimentos em relação ao aumento repentino do preço dos combustíveis. Em alguns postos consultados pela reportagem, já foi possível notar um aumento de R$ 0,60 nas bombas se comparado com os valores aplicados no mês passado.

Um levantamento realizado semanalmente pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aponta que, em alguns postos de combustíveis de Cuiabá, a tendência é de alta especialmente nos preços da gasolina. Na última semana de junho, o menor valor praticado pelos estabelecimentos foi de R$ 5,83 e o maior de R$ 5,99. 

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Na segunda semana de julho, o preço mínimo identificado foi de R$ 5,75 e o máximo de R$ 6,15. Já na primeira semana de agosto, o preço mínimo ficou em R$ 5,99 e o máximo em R$ 6,19. Agora, o preço já chega a até R$ 6,39.

A explicação foi apresentada na manhã dessa terça-feira (12), em uma reunião entre o presidente do Sindipetróleo, Claudyson Martins Alves, e a secretária-adjunta do órgão, Mariana Almeida Borges.

Segundo Claudyson e a equipe jurídica, três fatores principais influenciam no aumento dos combustíveis na rede de postos da capital: o preço do petróleo, definido no Brasil pela Petrobras; a cotação do dólar; e o custo do frete até o município, que varia entre etanol e gasolina.

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Intenção é reduzir preço

O presidente explicou que os combustíveis adquiridos nas últimas semanas já vinham sofrendo reajustes graduais e que os postos só podem repassar o aumento ao consumidor quando todo o estoque anterior, comprado a preços mais baixos, é substituído por novo estoque mais caro. Ele afirmou que essa situação ocorreu na última sexta-feira (8), resultando em um acréscimo de cerca de R$ 0,20 no litro do etanol.

Ainda segundo Claudyson, a maioria dos postos sindicalizados pretende reduzir o preço, já que aumentos não são atrativos para o negócio, e alguns estabelecimentos da cidade já diminuíram o valor do litro.

A advogada do sindicato acrescentou que, no início de agosto, foi aprovado um aumento no teor de etanol anidro na composição da gasolina, o que pode, nas próximas semanas, elevar a demanda nas usinas e pressionar para baixo o preço da gasolina. No entanto, ressaltou que, com o dólar em alta e o preço do petróleo atrelado às decisões da Petrobras, não há expectativa de redução no custo de aquisição junto à distribuidora nacional, fator que impacta diretamente a revenda nos postos.

Desdobramentos

Após a reunião, a secretária-adjunta do Procon afirmou que o órgão busca sempre conciliar interesses de empresas e consumidores, assegurando transparência e cumprimento das leis, mas respeitando os princípios da livre concorrência.

“Acionamos nossos fiscais para entrarem em contato com a Agência Nacional do Petróleo (ANP), responsável por fiscalizar postos de combustíveis, a fim de realizarmos uma força-tarefa para verificar se os postos da capital aumentaram os valores somente após receberem combustíveis com preços reajustados pela distribuidora. Vamos continuar alertas sempre que houver situações como essas”, declarou Mariana Almeida Borges.

O Procon agora vai analisar as informações recebidas e decidir se haverá novas medidas no processo.

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