KARINE ARRUDA
DO REPÓRTER MT
Moradores da região ocupada do Contorno Leste protestam, na manhã desta segunda-feira (15), em frente ao prédio da Prefeitura de Cuiabá. Com cartazes e tampas de panela, eles pedem por moradia e cobram do Executivo municipal medidas para que as famílias permaneçam onde estão, sem serem obrigadas a saírem de suas casas, conforme determinação da Justiça.
Durante o protesto, os moradores afirmaram que não têm para onde ir e esperam que a prefeitura apresente soluções de moradia a todos antes que a Justiça de Mato Grosso execute a decisão de remoção das famílias, que atualmente moram irregularmente na região.
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“Para onde que nós vamos?”, gritou uma moradora. “Apenas queremos moradia”, diz um dos cartazes erguidos na manifestação.
Na ocasião, os moradores contestam a decisão judicial da Vara Especializada de Direito Agrário de Cuiabá, assinada pela juíza Adriana Sant’Anna Coningham, que determina que as famílias têm até o dia 27 de outubro para desocupar voluntariamente a área onde vivem irregularmente. Caso contrário, o mandato de reintegração de posse será cumprido no dia seguinte, com apoio policial.
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O cronograma feito pela Justiça de Mato Grosso prevê ainda que, entre o dia 30 de outubro e 30 de novembro, a reintegração será feita em uma área de 5,7 hectares, onde 196 famílias em situação de vulnerabilidade serão realocadas. Os proprietários dos imóveis se comprometeram a auxiliar com a remoção dos bens dos moradores e a custear três meses de aluguel social, até que as famílias sejam contempladas em programas habitacionais.
A partir de 1º de dezembro, os restante da área começará a ser reintegrado, com o prazo de 40 dias para término, respeitando os feriados. De acordo com a Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania (Setasc), dos 2.594 terrenos mapeados na região, apenas 196 famílias foram consideradas vulneráveis.
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