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Cuiabá, 26 de Abril de 2024
26 de Abril de 2024

17 de Agosto de 2018, 16h:30 - A | A

GERAL / DR BUMBUM

Juíza diz que médico pode matar de novo e decreta prisão preventiva

A decisão aponta que periculosidade do réu e a possibilidade de continuação da prática criminosa ficaram comprovadas

RAFAEL MACHADO
DA REDAÇÃO



O médico Denis Furtado, mais conhecido como Doutor Bumbum, teve a prisão preventiva decreta pela Justiça do Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (17). Ele é investigado pela morte da bancária cuiabana Lilian Calixto, 46 anos, após procedimento de bioplastia nos glúteos com a aplicação de polimetilmetacrilato (PMMA) acima do recomendado.

Na decisão, a juíza da 1ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, Viviane Ramos de Faria diz que a medida é necessária para evitar a “continuação da prática criminosa”.

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"Evidenciado está, portanto, a periculosidade do réu e a possibilidade de continuação da prática criminosa. Nesta senda, a liberdade do réu perturbaria a ordem e tranquilidade públicas, fazendo-se imperioso um decreto prisional", ponderou.

No mesmo despacho, a magistrada revogou a prisão da mãe de Denis, Maria de Fátima, e determinou que ela, a namorada de Denis, Renata Cirne, e sua assistente Rosilene Pereira, cumpram medidas cautelares.

Lilian

A bancária Lilian Calixto pagou cerca de r$ 20 mil pela bioplastia que foi realizada no apartamento do médico Denis Furtado.

“Considerando a gravidade das condutas imputadas às rés, no sentido de terem auxiliado Denis Cesar Barros Furtado, dando-lhe o suporte necessário para realizar procedimentos estéticos mediante a aplicação de substância química em quantidade acima do recomendado e em local impróprio, colaborando para o resultado fatal e criando risco à vida de indeterminado número de pessoas, o acolhimento do pedido ministerial de aplicação de medidas cautelares diversas da prisão se impõe”, destaca trecho da decisão divulgada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

Na quarta-feira (15), o Ministério Público do RJ apresentou denúncia contra o médico Denis Furtado por homicídio doloso, pela morte da bancária cuiabana.

De acordo com a denúncia, Denis junto com a mãe, namorada e empregada atraía clientes, maioria mulheres, para realização de procedimentos estéticos mediante a aplicação de produtos químicos, sob falsa promessa de beleza imediata, motivados “torpemente por ganância e pelo lucro fácil”.

O caso

Lilian morreu na madrugada do dia 15 de julho depois de ser submetida à aplicação de PMMA, um polímero, ou fibra sintética, em forma de gel, usada para preenchimento de partes do corpo. Segundo o laudo do Instituto Médico Legal (IML), a bancária morreu por embolia pulmonar que interrompeu o fluxo sanguíneo no pulmão.

Ela saiu de Cuiabá para o Rio de Janeiro, no dia 14 de julho, para fazer um procedimento estético para aumentar os glúteos. A bioplastia foi feita no apartamento de Dênis Furtado. 

A bancária passou mal horas depois e foi levada por Denis para atendimento no Hospital D’or, na Barra da Tijuca. Os médicos realizaram procedimentos para recuperação de Lilian, no entanto, ela morreu na madrugada do domingo (15).

O médico Dênis Furtado foi preso no dia 19, pela Polícia Militar do Rio de Janeiro. Ele estava foragido após a Justiça decretar prisão temporária por homicídio qualificado.

A mãe dele, namorada e a técnica de enfermagem também foram presas.

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