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Cuiabá, 13 de Janeiro de 2025
13 de Janeiro de 2025

23 de Novembro de 2015, 10h:58 - A | A

GERAL / CT ODONTOLÓGICO DO POVO

Gerente morta por choque séptico será 'culpada' se família não comprovar uso de remédio

Gerente de vendas morreu aos 31 anos de choque séptico provocado por uma infecção generalizada e a família acusa clínica de negligência

KEKA WERNECK
DA REDAÇÃO



O inquérito que apura as circunstâncias da morte da gerente de vendas Jucilene França, quatro dias após ela extrair um dente, está em fase final. A própria vítima pode ser responsabilizada pela morte, caso não seja comprovado que ela comprou o medicamento indicado para seu tratamento.

O laudo emitido pela Anvisa deve finalizar o inquérito responsabilizando ou não os envolvidos na extração dentária.

O delegado Eduardo Rizzotto, titular da Delegacia Municipal de Várzea Grande, que conduz o inquérito,  aguarda o laudo solicitado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), se a mesma recebeu a segunda via de uma receita de um medicamento que o Centro Odontológico do Povo (COP), de Várzea Grande, afirma ter indicado. Trata-se do antibiótico Azitromicina. Na compra deste remédio, o paciente fica com uma cópia da receita e deixa outra na farmácia, que encaminha à Anvisa como é a regra obrigatória para medicamentos tarja preta.

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O laudo emitido pela Anvisa deve finalizar o inquérito responsabilizando ou não os envolvidos na extração dentária.

Se o laudo comprovar que a paciente não comprou o medicamento, os dentistas ficarão isentos de culpa.

Jucilene faleceu aos 31 anos dia 8 de julho deste ano e a família registrou boletim de ocorrência denunciando que houve negligência no caso dela.

Se o laudo comprovar que a paciente não comprou o medicamento, os dentistas ficarão isentos de culpa.

O delegado, já ouviu familiares da vítima, responsáveis e funcionários do Centro Odontológico do Povo (COP), de Várzea Grande, onde foi feita a extração, e também responsáveis pelo hospital Santa Casa, onde ela deu entrada na quarta-feira, já com quadro inflamatório avançado e acabou indo a óbito no final da noite, por choque séptico.

Um processo administrativo corre também no Conselho Regional de Odontologia (CRO) de Mato Grosso, que tem a função de fiscalizar a conduta profissional.

Mesmo a Azitromicina sendo tarja vermelha, as farmácias cobram a enterga da receita já que o medicamento é um antibiótico.

PEREGRINAÇÃO

A morte de Jucilene repercutiu muito na Grande Cuiabá, porque não é comum uma pessoa falecer após extração de um dente.

Ela extraiu o dente no sábado, dia 4 de junho, no COP. Na segunda (6), conforme a família registrou em Boletim de Ocorrência da Polícia Militar, ela voltou à clínica sentindo muitas dores e incômodo. No BO, à informação é a de que o dentista que a atendeu não deu importância ao caso.

Ela teria procurado um hospital privado, mas o plano dela não cobria totalmente a internação e ela não tinhan dinheiro e por fim na quarta-feira (8 de julho) conseguiu internar na Santa Casa, mas foi tarde demais.

 

 

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