RAFAEL MACHADO
DA REDAÇÃO
Após repercussão do laudo feito pelo Instituto Médico Legal (IML) não ter constatado sinais de embriaguez na bióloga e professora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Rafaela Screnci da Costa Ribeiro, acusada de atropelar três jovens no último domingo (23), a Diretoria Metropolitana de Medicina Legal cita que o lapso de três horas entre o momento do acidente e o exame pode ter influenciado no resultado.
Em nota, o IML afirma que o resultado se baseou no único exame autorizado pela acusada, que antes havia se negado em realizar o teste do bafômetro.
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“O exame clínico de constatação de embriaguez, realizado três horas após o atropelamento, deu negativo para embriaguez da suspeita”, diz trecho da nota.
O exame, segundo o IML, visa constatar a “presença de sinais ou sintomas do uso de álcool e/ou substâncias psicoativas por meio de suas manifestações no sistema nervoso central”.
“No exame, o perito oficial médico legista observa o comportamento do periciando, como orientação, atenção, memória, atitude, e sinais clínicos como escleras (olhos avermelhados), taquicardia e equilíbrio”, acrescenta.
Imagens registradas por câmeras de segurança da boate Malcon, no mesmo dia do atropelamento, mostra a bióloga sendo conduzida por uma pessoa ao banheiro para, aparentemente, vomitar.
Na comanda da casa noturna, foram registrados que a professora comprou seis garrafas de cerveja log neck.
Acidente
A bióloga é acusada de atropelar três jovens em frente à boate Valley, na Avenida Isaac Póvoas. O acidente causou morte de Myllena de Lacerda Inocêncio, 22 anos. Hya Girotto dos Santos, 21 anos, e o cantor Ramón Alcides, 25 anos, ficaram feridos.
Hya e Ramón foram socorridos e seguem internados em estado grave. Na quarta-feira (26) a estado clínico do cantor piorou após passar por uma ressonância magnética no Hospital São Mateus, na Capital.
Já Hya está internada no Pronto-Socorro de Cuiabá, mas na manhã desta quinta-feira (27) a família conseguiu na Justiça uma liminar que obriga a transferência para o Hospital Geral ou Amecor, onde passará por cirurgia de urgência para desobstruir uma artéria do coração.
Veja a nota do Governo sobre veiculação do laudo:
A respeito da veiculação na imprensa do laudo pericial de constatação de embriaguez de Rafaela Screnci da Costa Ribeiro, suspeita de ter atropelado três pessoas, resultando na morte de uma das vítimas, na avenida Isaac Póvoas no último domingo (23.12), a Diretoria Metropolitana de Medicina Legal esclarece que:
1 - O exame clínico de constatação de embriaguez, realizado três horas após o atropelamento, deu negativo para embriaguez da suspeita. Este exame visa constatar a presença de sinais ou sintomas do uso de álcool e/ou substâncias psicoativas por meio de suas manifestações no sistema nervoso central
2 - No corpo do laudo consta o detalhamento do único exame autorizado pela vítima, que levou a perita oficial médica legista às conclusões obtidas
3 - No exame, o perito oficial médico legista observa o comportamento do periciando, como orientação, atenção, memória, atitude, e sinais clínicos como escleras (olhos avermelhados), taquicardia e equilíbrio. O IML atenta para o fato de que o lapso de três horas entre o momento do acidente e o exame pode ter influenciado o resultado.
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