RAUL BRADOCK
DA REDAÇÃO
A Associação Mato-grossense AMTU dos Transportadores Urbanos apresentou estudo, no qual aponta a necessidade de reajustar a tarifa do transporte coletivo de R$ 3,60 para R$ 4,03, ainda no primeiro trimestre de 2017.
O valor representa um aumento de 11% em relação à atual tarifa. Os transportadores argumentam que o percentual é baseado nos custos operacionais do serviço.
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O cálculo, que é efeito de maneira automática, pelo sistema do Grupo Executivo para Implantação da Política de Transportes (Geipot), insere custos operacionais como combustível, salários, manutenção, despesas com impostos.
A redução de usuários do transporte coletivo em 2016 também foi um fator usado pela associação para justificar o reajuste.
“Se você pegar pela média de passageiros do ano passado, ela [a planilha] dá um custo superior ao que a gente teria de arrecadação com a tarifa atual. Isso daria um prejuízo de R$ 1,5 milhão por mês”, relata o presidente da MTU, Ricardo Caixeta.
A associação vai apresentar os dados ao prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB) e solicitar o reajuste tarifário, alegando que a arrecadação atual é insuficiente para manter os sistema.
“Talvez a solução seria a diminuição de algum custo que a gente tem no sistema. Isso pode gerar um equilíbrio e viabilizar esse reajuste”, indica Caixeta.
Nesta quinta-feira (2), o prefeito adiantou que não irá aceitar aumento no custo da passagem, já que considera inviável perante a crise nacional e as más condições do serviço.
Este ano não terá aumento de tarifa. Antes de pensar conceder aumento para realimentação de ciclo vicioso e pernicioso, precisamos pensar na qualidade do atendimento à população”, declarou o prefeito.
Conforme os dados expostos pelo presidente, as empresas faturaram R$ 10,5 milhões na média mensal. Segundo ele, com o novo calculo, o custo operacional seria de 12 milhões e por isso a solicitação do aumento da tarifa.
RepórterMT

Emanuel Pinheiro afirmou que não haverá aumento tarifário
Para que o valor da tarifa seja alterado, ainda é preciso que um estudo seja realizado pela Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Cuiabá (Arsec). Segundo a AMTU, a análise dos custos operacionais já foi solicitada à agência.
Balanço
Atualmente quatro empresas operam o serviço de transporte coletivo na Capital do Estado. A União Transportes faz as linhas intermunicipais, Pantanal Transportes, Integração Transportes e Expresso Norte Sul.
A atual frota é de 398 veículos, sendo 35 carros reserva e 363 operantes. Os ônibus têm em média 5,5 anos. Porém há veículos com 10 anos de uso, que é o máximo estipulado pelo contrato com a Prefeitura.
Na média mensal de 2016, cerca de 3,1 milhão de pessoas usaram o transporte público. Número 6,35% menor que a média de 2015, onde 3,4 milhões de pessoas usaram o sistema coletivo.
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alexandre 03/02/2017
No RJ que onibus anda mais de 1 hora de trajeto e não tem prejuizo... aqui peguei onibus errado, não fez integração mesmo pegando outro 10 minutos depois com sentido contrário, eu tomei prejuizo. tem dono de empresa de onibus na AL.
Diego 03/02/2017
Prejuízo? ônibus sucateados, atraso, falta ar condicionado, uma das maiores tarifas do Brasil e ainda querem falar em prejuízo.
2 comentários