RAFAEL COSTA
DO REPÓRTERMT
Com cinco anos de atuação no mercado e dívidas acumuladas em R$ 87 milhões, a empresa Farm Valley, que atua no setor de comércio atacadista de sementes, defensivos, agrícolas, adubos, fertilizantes e corretivos de solo em Querência (765 km de Cuiabá) entrou em recuperação judicial, podendo assim, fixar um cronograma de pagamento das dívidas no prazo de dois para não ter a falência decretada.
A recuperação judicial foi autorizada na terça-feira (27) pelo juiz da 4ª Vara Cível de Rondonópolis (225 km ao Sul de Cuiabá), Renan Carlos Leão Pereira do Nascimento.
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A decisão foi dada uma semana após o magistrado conceder blindagem antecipada e determinar perícia prévia da situação econômica da empresa, que confirmou o cumprimento dos requisitos.
“Segundo consta da conclusão da Perícia Prévia, restaram satisfatoriamente preenchidos pela requerente. Nessa toada, constatado o requerimento da utilização do instituto, por fonte produtiva que esteja em crise financeira e seja economicamente viável, estando em termos a documentação exigida nos artigos da Lei de Recuperação Judicial, defiro o processamento da recuperação judicial da Farm Valley Insumos Agrícolas Ltda”, diz um dos trecho da decisão.
Fundada em 2018, a empresa Farm Valley começou a enfrentar dificuldades em 2020, quando foi reconhecida a pandemia do novo coronavírus pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
A empresa argumenta que houve quedra drástica nas vendas em âmbito regional, nacional e internacional. No ano seguinte, o aumento no valor do frete, do combustível, e dos insumos levou a empresa a recorrer a financiamentos, com juros que superaram em até duas vezes o valor captado.
No ano passado, a guerra na Ucrânia, que elevou os custos de produção, principalmente insumos e defensivos agrícolas, que passaram a custar quatro vezes mais que o valor praticado anteriormente, dificultou ainda mais a saúde financeira da empresa. Portanto, não restou outra alternativa a não ser recorrer à recuperação judicial para renegociar as dívidas e evitar a falência.
Almiro José Maboni 01/07/2023
Mais uma empresa se aproveitando de fatos errelevantes para o nao pagamento de seus compromissos. É a indústria do golpe em ação. Como falaram aos 4 ventos que o Agro foi a única economia que não parou na pandemia. Má gestão .
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