DAFFINY DELGADO
DA REDAÇÃO
O desaparecimento da menina I.P.P.A., 8 anos, completa nesta quarta-feira (03), 108 dias e a mãe da menor, a enfermeira Marina Pedroso Ardevino, diz que o irmão mais novo, chora diariamente.
"Toda noite ele pede para falar com ela e pergunta quando vai voltar", afirma.
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A menina foi supostamente “sequestrada” pelo próprio pai, o advogado João Vitor Praeiro Alves, no dia 18 de junho, quando foi levada para o interior de São Paulo.
O casal dividia a tutela da criança, mas no último dia 19 a Justiça de Mato Grosso determinou que a menina deve ficar com o avô paterno, o defensor público Air Praeiro Alves.
Entretanto, apesar da decisão judicial a criança continua desaparecida.
Ao , Marina contou que o irmão de I.P.P.A., não é de chorar, mas desde seu desaparecimento o menino só sabe perguntar sobre a irmã.
"Só Deus sabe o que eu estou passando, não consigo dormir, já perdi 7 kg, tem meu caçula que eu preciso dar atenção. Meu filho não é de chorar, mas toda hora ele chora, qualquer coisa ele me abraça e fica chorando, pergunta mamãe cadê a I. e fala que sente muita saudade dela. Então está assim, não sei mais o que fazer”, explicou emocionada.
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A enfermeira avaliou que a avô da menina é obcecada por sua filha e que o pai nunca fez questão da menina. Além disso, ela enfatizou que nunca maltratou I.P.P.A.
"Eu não sei que risco eu coloco pra minha filha que não me deixam falar com ela. Nunca aconteceu esse negócio de maus tratos, nunca. Eles estão usando de todos os meios para tirar minha filha de mim”, explicou.
“A vó dela é obcecada pela minha filha. Então assim, ela quer pra ela a I. Porque o João Victor nunca ligou pra ela. Tanto é que quando ela vai pra Bauru ela não fica com o pai, ela fica com a vó. Ela mesmo me falava isso, falava que não gostava de ficar com o pai e sim com a vó”, completou.
No dia 28 de setembro a menina foi incluída, por meio de decisão da Justiça de Mato Grosso, no Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Desaparecidos.
O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) marcou para o dia 8 de novembro uma audiência presencial para ouvir a menor.