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Cuiabá, 15 de Setembro de 2025
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26 de Agosto de 2016, 07h:36 - A | A

JUDICIÁRIO / SUSPEIÇÃO DA JUÍZA

Para promotora, defesa de Roseli atacou Selma para fugir de acusação

A promotora de Justiça Ana Cristina Bardusco avalia que a juíza Selma agiu corretamente. Para ela, essa é uma tentativa de fugir da questão principal, que é a acusação contra o réu.

CELLY SILVA
DA REDAÇÃO



Após a bem-sucedida tática de defesa da ex-primeira-dama Roseli Barbosa, cujo processo decorrente das operações Arqueiro e Ouro de Tolo acabaram indo à estaca zero com a suspeição da juíza Selma Rosane Santos Arruda, titular da Sétima Vara Criminal, e apontamento de que a mesma atitude será novamente utilizada para tentar anular a ação penal decorrente da operação Sodoma, onde o ex-governador e marido de Roseli, Silval Barbosa (PMDB), figura como o principal réu, a promotora de Justiça Ana Cristina Bardusco, responsável pela denúncia do caso, se manifestou em contraponto aos advogados da família Barbosa.

"Busca-se alternativas exatamente para fugir da questão principal. Eu acredito que a pessoa inocente quer que o processo vá até o final para que ela tenha uma decisão demonstrando que ela é inocente. Quando você evita que isso aconteça, é porque você sabe a qualidade das provas que tem contra você”, declarou a promotora sobre a suspeição da juíza Selma.

Para ela, essa é uma tentativa de fugir da questão principal, que é a acusação contra o réu.  “Ninguém enfrenta a acusação em si. Alguém está dizendo: Eu não participava de uma quadrilha. Eu não desviei esse dinheiro. Eu não recebi essa propina? Não se diz isso. Então, busca-se alternativas exatamente para fugir da questão principal. Eu acredito que a pessoa inocente quer que o processo vá até o final para que ela tenha uma decisão demonstrando que ela é inocente. Quando você evita que isso aconteça, é porque você sabe a qualidade das provas que tem contra você”, declarou a promotora à imprensa, na tarde desta quinta-feira (24), após mais uma audiência da operação Sodoma 2.

“Conseguiram um empate, não uma vitória porque a gente já tem uma decisão dizendo que a atitude dela está correta. Agora a gente tem uma outra decisão que tem o entendimento contrário”, frisou.

A promotora aproveitou para defender a magistrada Selma Arruda com relação às homologações das delações premiadas que fazem parte da ação penal decorrente da operação Sodoma, que foram julgadas regulares na segunda instância do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). “A atitude da doutora Selma foi absolutamente correta, não houve suspeição nenhuma, ela estava tomando as cautelas para verificar se o depoimento era espontâneo, se não havia coação e também se a história era coerente”, frisou.

Bardusco destaca ainda a posição do Ministério Público Estadual (MPE) em todas as ações de suspeição impetradas de que não houve prejuízo para a apuração dos fatos investigados. “O Ministério Público, inclusive nas manifestações da Procuradoria, coloca que o que aconteceu não causou prejuízo nenhum para a apuração e a regra do Direito é essa: você só pode falar em nulidade quando você demonstra um prejuízo concreto, então, o Ministério Público também, desde o início, se mantém no sentido de que não houve prejuízo”, disse.

Rebatendo a ideia de que a suspeição da juíza Selma Arruda foi uma vitória da defesa, Ana Bardusco prefere dizer que foi um empate, já que a tentativa também ocorreu na Sodoma e foi indeferido pela mesma Segunda Câmara Criminal. “Conseguiram um empate, não uma vitória porque a gente já tem uma decisão dizendo que a atitude dela está correta. Agora a gente tem uma outra decisão que tem o entendimento contrário”, concluiu.

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