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Cuiabá, 28 de Maio de 2024
28 de Maio de 2024

27 de Setembro de 2016, 15h:50 - A | A

JUDICIÁRIO / DIRETO DA METAMAT

Marcel de Cursi comprou 10k de ouro com dinheiro de propina

O ex-secretário de Estado de Fazenda foi delatado pelo ex-chefe da Casa Civil Pedro Nadaf e pelo ex-dono da factoring, Filinto Muller.

CELLY SILVA
DA REDAÇÃO



No decreto de prisão referente à operação Sodoma 4, assinado pela juíza Selma Rosane Santos Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, consta a informação de que o ex-secretário de Estado de Fazenda, Marcel de Cursi, teria comprado 10 quilos de ouro da Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat) com dinheiro oriundo de propina.

A quantia possibilitou a compra de 10 quilos em barras de ouro, que foram pessoalmente entregues pelo ex-secretário de Estado da Casa Civil, Pedro Nadaf, a Marcel de Cursi, no final do ano de 2014, conforme o documento.

De acordo com o empresário Filinto Muller, que atuava na Factoring FMC, onde era lavado o dinheiro de propina da suposta organização criminosa que atuou durante a gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e, posteriormente, se tornou colaborador na operação Sodoma, ele próprio repassou R$ 750 mil da parte que cabia a Marcel de Cursi referente à propina da desapropriação de um imóvel no Jardim Liberdade, em Cuiabá. A esse valor, Cursi teria acrescentado R$ 250 mil, totalizando R$ 1 milhão, dinheiro que teria sido entregue ao ex-presidente da Metamat, João Justino, para a compra de ouro.

Nadaf também teria relatado aos investigadores que foi o próprio Marcel quem solicitou para receber sua parte em barras de ouro, o que foi possível graças à colaboração do amigo e presidente da Metamat, João Justino.

A quantia possibilitou a compra de 10 quilos em barras de ouro, que foram pessoalmente entregues pelo ex-secretário de Estado da Casa Civil, Pedro Nadaf, a Marcel de Cursi, no final do ano de 2014, conforme o documento.

Nadaf também teria relatado aos investigadores que foi o próprio Marcel quem solicitou para receber sua parte em barras de ouro, o que foi possível graças à colaboração do amigo e presidente da Metamat, João Justino.

Segundo Filinto Muller, Pedro Nadaf havia ficado responsável por repassar a ele a parte da propina de Marcel de Cursi em uma reunião convocada pelo ex-procurador geral do Estado, Francisco Lima, em seu gabinete no Palácio Paiaguás, onde teriam participado além desses três, o ex-secretário de Estado de Planejamento Arnaldo Alves de Souza Neto e o ex-presidente do Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat), Afonso Dalberto. O objetivo da reunião era estabelecer a forma como seria feita a divisão da propina oriunda da desapropriação do imóvel.

Marcel de Cursi está preso no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC) desde a deflagração da primeira fase da operação Sodoma, em 15 de setembro de 2015, cuja revogação da prisão ele já conseguiu, mas permaneceu preso por conta de nova prisão decretada na segunda fase e, agora, na quarta fase da operação, conduzida pela Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz).  O ex-secretário já ouvido em Juízo no âmbito das duas primeiras fases e negou todas as acusações imputadas a ele. 

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