KEKA WERNECK
DA REDAÇÃO
Os ex-secretários de Estado do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), Marcel de Cursi e Pedro Nadaf, embora já estejam presos desde setembro, são novamente alvos da segunda fase da Operação Sodoma, desencadeada na manhã desta sexta-feira (11). Os pedidos de prisão são sustentados por informações novas, levantadas pela Delegacia Fazendária (Defaz), que apura a concessão de milionários incentivos fiscais a empresários de Mato Grosso, em troca de propina, nos anos de 2010 a 2014. A propina seria para pagar gastos com campanha eleitoral de Silval. Também foi presa na manhã desta sexta-feira, a ex-secretária de Nadaf, Karla Cintra, com quem ele tinha também relacionamento pessoal, conforme os autos do processo da Sodoma. Karla já estava usando tornozeleira e, em depoimento no Judiciário, alegou que, ao realizar transações financeiras duvidosas, apenas fazia seu trabalho, cumprindo ordens.
Tanto Silval quanto Nadaf e Cursi negam envolvimento com esquema ilegal, identificado pela Defaz. Em fevereiro deste ano, os três, na qualidade de réus, prestaram depoimento à juíza Selma Rosane dos Santos Arruda, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, que conduz o processo da Operação Sodoma. Na audiência, Silval chegou a pedir por favor à juíza, que considere a possibilidade dele responder às acusações em liberdade.
Silval e Nadaf estão presos também pela Operação Seven, que trata da compra de uma propriedade rural no valor de R$ 7 milhões acrescida ao Parque Estadual Águas do Cuiabá, no entanto a área já era do Estado.
Os advogados de Nadaf, Cursi e Karla ainda não se manifestaram sobre esta nova prisão decretada contra eles.
Na segunda fase da Operação Sodoma, a Defaz está autorizada a cumprir cinco pedidos de prisão, 11 de condução coercitiva e quatro mandados de busca e apreensão.
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