VANESSA MORENO
DO REPÓRTERMT
Cuiabá ficou em último lugar no ranking de situação fiscal das capitais em 2024, último ano da gestão do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). O levantamento foi realizado pelo Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF) 2025 e leva em consideração a capacidade do município de financiar sua estrutura administrativa, a proporção de gastos com pessoal e restos a pagar acumulados em relação à receita e a parcela da receita destinada a investimentos.
De acordo com o ranking, Cuiabá ficou em 26º lugar, com IFGF de 0,5237, abaixo da média das capitais, que é de 0,7888, e abaixo da média de todo o país, que é de 0,6531.
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O ranking mostra que a capital mato-grossense apresentou nota 0 em liquidez, o que significa que terminou o ano de 2024 sem recursos em caixa suficientes para cobrir as despesas que não foram pagas e foram deixadas para o ano seguinte, ou seja, terminou no “cheque especial”. Além disso, Cuiabá também apresentou nível crítico de investimentos, com nota 0,3781, fato que comprova que Emanuel terminou sua gestão em situação fiscal difícil.
O ranking mostra ainda que Cuiabá atingiu nota 1,0 em autonomia e 0,7169 em gastos com pessoal.
IFGF
O Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF) avalia como os municípios brasileiros estão gerindo seus recursos. Ele é composto por quatro indicadores: IFGF Autonomia, IFGF Gastos com Pessoal, IFGF Liquidez e IFGF Investimentos. A pontuação do IFGF varia entre 0 e 1, sendo que quanto mais próxima de 1, melhor a situação fiscal do município.
Para facilitar a análise, foram estabelecidos quatro conceitos: Gestão de Excelência (resultados superiores a 0,8 ponto), Boa Gestão (resultados entre 0,6 e 0,8 ponto), Gestão em Dificuldade (resultados entre 0,4 e 0,6 ponto) e Gestão Crítica (resultados inferiores a 0,4 ponto).
O IFGF é construído com base em resultados fiscais oficiais declarados pelas próprias prefeituras, informações disponibilizadas anualmente pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) através do Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro (Siconfi).
Indicadores
O IFGF autonomia avalia a capacidade do município de financiar sua estrutura administrativa com receitas locais.
Gastos com pessoal mede a proporção dos gastos com pessoal em relação à Receita Corrente Líquida do município.
Já liquidez, verifica a relação entre os restos a pagar acumulados e os recursos em caixa disponíveis para cobri-los no exercício seguinte.
E investimentos analisa a parcela da Receita Total dos municípios destinada a investimentos.
Clique aqui e confira o IFGF 2025.