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Cuiabá, 26 de Abril de 2024
26 de Abril de 2024

02 de Dezembro de 2022, 09h:49 - A | A

GERAL / TRUCULÊNCIA NO FLORAIS

Bustamante não quer "pré-julgamento" sobre ação de delegado; "Decisão final é do governador"

O caso envolvendo o delegado Bruno França foi registrado na segunda-feira (28), no condomínio Florais dos Lagos, em Cuiabá.

DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTER MT



O secretário de Segurança Pública de Mato Grosso, Alexandre Bustamante, evitou comentar sobre o caso do delegado Bruno França, da Polícia Civil, acusado de abuso de autoridade e coação durante uma ação policial no condomínio Florais dos Lagos, em Cuiabá. "Qualquer pré-julgamento agora seria um julgamento raso", disse.

Ainda segundo Bustamante, após a conclusão das investigações da Corregedoria da Polícia Civil, a decisão final será tomada pelo governador Mauro Mendes (União Brasil).

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"A corregedoria vai apurar, vai ouvir todos os envolvidos, concluir o relatório e encaminhar para decisão do governador. Não conversei com ninguém no processo até pela minha posição, não conversei com os envolvidos, tem um delegado designado para conduzir o procedimento, cabe a ele ouvir todas as testemunhas e pessoas envolvidas e depois relatar o inquérito e encaminhar para decisão do governador”, afirmou secretário em entrevista na tarde de quinta-feira (01).

O delegado Bruno França foi filmado na última segunda-feira (28) invadindo a residência da empresária Fabíola Martins, que estaria sendo investigada por perseguir e ameaçar o enteado dele, de 13 anos. A mulher teria descumprido uma medida protetiva que o adolescente tinha contra ela.

Na gravação, o delegado ameaçou "estourar a cabeça" da mulher na frente da filha dela, de 4 anos, e do marido. Além disso, já na delegacia, Bruno teria agredido verbalmente o advogado de Fabíola, Rodrigo Pouso.

O caso ganhou repercussão após o vídeo feito pelas câmeras de segurança da casa ser divulgado. Na quinta-feira (01), Bruno França emitiu uma nota onde pediu desculpas pela maneira como conduziu a ação e informou solicitou espontaneamente seu afastamento do cargo por 30 dias, sem remuneração e podendo o prazo ser prorrogado por mais 30, se houver necessidade.

Ainda na quinta, a Corregedoria da Polícia Civil informou que abriu um procedimento formal para investigar o caso e determinou o imediato afastamento do delegado por 60 dias.

Sobre isso, Bustamante explicou que as decisões cabem à autoridade que preside o caso. “A Polícia Civil não vai fazer nada de ilegal ou de irregular. Se cabe essa decisão e a autoridade que está presidindo entendeu que é o melhor, tem que tomar todas as medidas necessárias”, explicou.

Quando questionado se a atitude do delegado foi “padrão”, o secretário enfatizou que qualquer julgamento antes da conclusão das investigações é ruim e que irá aguardar.

“Eu não tenho acesso aos autos, eu não vi como está, não sei se tinha mandado, se estava fazendo um flagrante ou não, não adianta fazer qualquer especulação. Nós temos que aguardar as apurações para saber o que realmente aconteceu”, disse.

“Eu não quero fazer comentário porque qualquer pré-julgamento, estamos julgando antes e isso é muito ruim. Do mesmo jeito que estamos julgando, antes de ouvir tudo que estava acontecendo, é muito ruim fazer qualquer julgamento a favor ou contra”, emendou.

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