DA REDAÇÃO
A decisão do Governo Jair Bolsonaro (PSL) em bloquear R$ 5,8 bilhões no orçamento do Ministério da Educação (MEC) vai causar corte de R$ 65 milhões no orçamento da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) apenas em 2019.
Por meio de nota divulgada nesta segunda-feira (06), a reitora da UFMT, Myrian Serra avaliou que o bloqueio de recursos é uma agressão ao Brasil e um retrocesso inimaginável.
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“O ataque ao orçamento das universidades públicas brasileiras é uma agressão frontal a qualquer oportunidade de desenvolvimento do país”, afirma a reitora.
“Não é possível pensar em desenvolvimento econômico sustentável desatrelado do desenvolvimento social. Este deve ser capitaneado por políticas educacionais criteriosas, seguidas de perto por investimentos em ciências, tecnologias e inovações. Neste sentido, o ataque ao orçamento das universidades públicas brasileiras é uma agressão frontal a qualquer oportunidade de desenvolvimento do país”, afirma a reitora.
No comunicado, Myrian Serra lembra que as universidades federais são responsáveis pela oferta de educação superior em todas as áreas de conhecimento. Atualmente, a UFMT oferece 113 cursos de graduação, sendo 108 presenciais e cinco na modalidade a distância (EaD), em 33 cidades mato-grossenses. São cinco Câmpus e 28 polos de EaD. Na pós-graduação, são 66 programas de mestrado e doutorado.
São pelo menos 25.435 mil estudantes, distribuídos em todas as regiões do Estado. O corte, somente, na Universidade Federal de Mato Grosso chega a R$ 34 milhões. Numa escala de 1 a 5, a UFMT tem o conceito 4 na avaliação do MEC, é a 34ª melhor do país.
A reitora explica ainda que apesar do Brasil aplicar cerca de 6% do seu Produto Interno Bruto em educação, segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o valor por aluno ainda é baixo se comparado aos países desenvolvidos e outros em desenvolvimento.
Já o Instituto Federal de Mato Grosso – que tem um orçamento de R$ 70,1 milhões - teve 31,8 milhões bloqueados pelo MEC. Segundo o IFMT, R$ 600,2 mil seriam destinados para modernização e estrutura dos campi, R$ 648,4 mil para capacitação dos servidores, R$ 22,6 mil para o funcionamento da educação profissional, e R$ 7,9 mil referentes a verbas de emendas parlamentares que foram retidas. O instituto possui atualmente 19 campi no Estado.
Congelamento
De acordo com o MEC, o congelamento de recursos ocorre de forma preventiva e será aplicada no segundo semestre deste ano. Com parâmetro para o bloqueio, o Governo afirma que levou em consideração o "desempenho acadêmico e seu impacto no mercado", a governança das universidades e também a inovação para a economia. No entanto, o ministério deixou claro que o corte não se trata do contingenciamento anunciado em março pelo governo federal.
Cuyabano 07/05/2019
Viva a Pátria amada Brasil.
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