LEANDRO MAIA
DO REPÓRTER MT
Para promover uma conversa com orientações sobre a importância de falar sobre a prevenção ao suicídio, o Repórter MT convidou o médico Lucas Loureiro, com atuação em psiquiatria, e a enfermeira e influencer Steffany Weimer, que contou a experiência ao passar sobre um quadro depressão.
O Setembro Amarelo é dedicado a ações e campanhas para conscientizar a população sobre a necessidade debater as causas que levam muitas pessoas atentarem contra própria vida. De acordo com o último levantamento (2019) da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 700 mil suicídios são registrados no mundo, mas a estimativa é de que se número se aproxime de 1 milhão, já que muitos casos são subnotificados.
No Brasil, em média, são 14 mil casos por ano, 38 pessoas cometem suicídio por dia. O suicídio destrói famílias e provocar grandes prejuízos à sociedade. A maioria dos casos está relacionada às doenças mentais, principalmente não diagnosticadas ou tratadas incorretamente.
Para o dr. Lucas, a família tem um papel fundamental na prevenção do suicídio e, por isso, casos de tristeza profunda não podem ser desprezados ou julgados como "frescura". Só quem sente a depressão sabe o quando é difícil conseguir forças para sair desse quadro, por isso, os familiares precisam observar isso com empatia.
"A falta de força é um dos sintomas da depressão. Muitas das vezes as pessoas dizem: você tem que ter vontade de querer melhorar. Aí é que tá, vontade eu até tenho, eu não tenho força para melhorar", explica.
Steffany passou por uma situação parecida. Ela conta que conseguiu superar o quadro de desânimo total com o apoio da família e com o auxílio do tratamento.
"Eu ouvia muito das pessoas, isso é frescura. Não tem necessidade disso. Quem sente a depressão sabe que você não tem expectativa e vida, sabe que você não tem vontade de sair de casa e nem de ver pessoas", conta.
Veja a entrevista: