ALINE FRANCISCO
A médica e fisioterapeuta, Elynéia Lima Bezerra Pastrello, teve o diploma apreendido pela Polícia Federal por suposta participação no esquema de uso de diplomas e documentos falsos de Medicina. A operação Esculápio foi deflagrada pela Polícia Federal na última sexta-feira (18) e resultou na investigação de 41 pessoas em todo o País.
O advogado de defesa da médica, Lázaro Moreira Lima, disse na manhã desta segunda-feira (21) ao RepórterMT, que Elynéia cursou medicina na Bolívia e utilizou o programa "Revalida" para legalizar a formação no Brasil. “Ela fez como todos os brasileiros que formam no exterior. Revalidou o diploma para exercer a profissão em solo brasileiro. Não teve nada de ilegal. A UFMT [Universidade Federal de Mato Grosso] só levantou algumas suspeitas quanto instituição boliviana em que Elynéia se formou”.
Lázaro afirmou ainda que a Polícia Federal exigiu apenas o diploma original da médica e que não houve nem mesmo o mandado de prisão. O advogado disse ainda que o documento poderia ter sido apresentado, caso fosse solicitado pela PF. “Foram apenas apreender documentos e não houve truculência por parte dos agentes”. O advogado reforçou que Elynéia não sabe se irá responder um processo criminal, e que seria injusto acusá-la de qualquer ato sem uma acusação formal.
O advogado se limitou a dar detalhes sobre o processo, e não informou o ano em que Elynéia concluiu o curso na Bolívia e nem quando começou a exercer a função no Brasil. Segundo ele, o processo corre em segredo de justiça e por isso qualquer informação dada enquadraria no crime de quebra de sigilo.
Segundo Lázaro, Elynéia já foi intimada para prestar depoimento, no entanto não divulgou a data em que a médica será ouvida na sede da Polícia Federal em Mato Grosso. Já de acordo com a assessoria de imprensa da PF, os depoimentos serão colhidos ainda esta semana.
A reportagem tentou manter contato com a reitora da Universidade federal de Mato Grosso, Maria Lúcia Cavalli Neder, mas até o fechamento deste material ela não atendeu e nem retornou às ligações.
PARENTES NA POLÍTICA
A médica Elynéia é prima do presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, João Emanuel. Seu advogado, Lázaro Moreira Lima, é irmão do parlamentar. Assim como a prima, João Emanuel já teve problemas com a justiça, e já foi alvo de três CPIs na Câmara, duas por falsificações de documentos públicos e outra que se refere a gestão na Secretaria Municipal de Habitação de Cuiabá. Lázaro confirmou o parentesco com a médica.
João Emanuel é filho do juiz aposentado no Tribunal de Justiça, Irênio Lima Fernandes, que foi aposentado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por participação em um esquema de venda de sentenças.
OPERAÇÃO ESCULÁPIO
A Polícia Federal foi deflagrada na última sexta-feira (18) a operação ‘Esculápio’, que tem o objetivo de comprovar o esquema de uso de diplomas e documento falso na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Os suspeitos envolvidos na fraude obtinham a revalidação do diploma de medicina, com isso, podiam exercer a profissão normalmente no Brasil.
A Justiça emitiu 41 mandados de busca de apreensão em 14 Estados, sendo eles; Mato Grosso, Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Rondônia, Rio Grande do Sul e São Paulo.
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Ricardo Menezes 21/10/2013
Ridículo atribuir ao João Emanuel atos feitos por parentes, conhecidos, etc...
Paulo Jorge 21/10/2013
Gostaria de saber, desde quando o Pais vizinho chamado Bolivia, é referencia em alguma coisa legal, como o curso de Medicina. Que eu saiba eles são excelentes produtores de cocaina, pasta base, e outros derivados das drogas.
JOÃO LIMA 21/10/2013
Será que é verdade? Elyneia Lima é sobrinha de Irênio Lima que é pai de João Emanuel que é casado com Janaina que é filha de José Riva que é avô de JOSÉ GERALDO RIVA MOREIRA LIMA NETO. Socorro!!!
francisco bezerra 21/10/2013
Vem por aí o produto da junção dos Moreira Lima com Riva. SOCORRO!!!
4 comentários