MAYARA MICHELS
Servidores do sistema prisional de Mato Grosso, entre agentes penitenciários, médicos, dentistas, assistentes sociais e auxiliares administrativos e de saúde confirmaram greve a partir da próxima quinta-feira (28.03). A paralisação das atividades será por tempo indeterminado, caso o governo estadual não se manifeste sobre as reivindicações aprovadas em assembleia geral.
A situação foi confirmada pelo presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários de Mato Grosso (Sindesspen), João Batista Pereira de Souza, que explicou que o Executivo tem até a próxima quarta-feira (3.04) para apresentar uma contraproposta.
Entre as reivindicações está o pagamento adicional de insalubridade. Com piso salarial no valor de R$ 1,8 mil os agentes reivindicam um reajuste de 20% retroativos a 2012, 25% para este ano e 30% para 2014. Outro pedido da classe é o aumento de efetivo. “A falta de profissionais nas cadeias públicas e penitenciárias do Estado é grande problema; as fugas irão continuar ocorrendo caso o governo não aumente o efetivo. Somos poucos para o número de reeducandos que temos”, afirmou Pereira.
A categoria também pede que no próximo concurso seja necessário ter nível superior para ingresso na carreira de agente penitenciário. No ano passado, a greve ocorreu por 24h, após promessa de reajuste do governo em 2013, a paralisação foi suspensa.
Com a deflagração da greve, apenas as atividades essenciais serão realizadas, entre elas, a alimentação dos detentos, segurança e o cumprimento de ordens judiciais.
A Secretaria de Administração está em ponto facultativo nesta quinta-feira. Por telefone o secretário Francisco Faiad informou que a SAD ainda não foi comunicada e, portanto, não comentaria a decisão. "Não vou comentar, a SAD não foi notiificada", disse. Questionado pela reportagem se haverá uma conversa com os servidores na semana que vem Faiad tergiversou: "já lhe disse, não fui notificado, não posso falar nada".